Precisamos aproveitar este tempo de deserto para repensar o pensado, para reavaliar a importância das coisas e para aprender de uma vez por todas que o tempo passa
Estamos passando por tempos de crise. São, realmente, tempos difíceis. Não tínhamos ideia ou não pensávamos sobre quanta finitude cabe em nossas vidas.
Talvez antes desta pandemia nos esquecíamos de agradecer por conseguir respirar livremente – sem máscara no rosto -, por sentir o cheiro das rosas, dos nossos pratos e perfumes preferidos. Talvez nos esquecíamos de agradecer pela vida e pela saúde das pessoas que mais amamos. Quiça não déssemos a importância devida ou, simplesmente, não tínhamos tempo disponível para visitas e abraços.
Nós nos esquecíamos de valorizar o trânsito barulhento e agitado, as nossas idas e vindas durante todos os dias da semana e até mesmo a chuva que caía sobre nós quando estávamos a pé.
Não valorizávamos a fila para o elevador, o bom dia dos colegas de trabalho nem o chimarrão ao entardecer com a família reunida. Afinal, era apenas mais um dia (ou um dia a mais).
Nós nos esquecíamos de olhar para a vida com um olhar colorido e digno. Nem sempre agradecíamos a Deus pelo dom da vida, por termos as pessoas que amamos ao nosso lado e pelas coisas mais simples que cercam a existência humana.
Talvez não fazíamos ideia de que o abraço cura, de que a companhia faz bem e de que a solidão pode matar aos poucos. Inclusive, arrisco dizer que carregávamos a falsa ideia de que nós e as pessoas que mãos amamos fossem infinitas. De que estaríamos aqui e de que estas pessoas também estariam aqui o tempo todo.
O que a pandemia nos ensinou
Com a chegada da pandemia não foi bem assim. Nesses tempos de crise, descobrimos a finitude de nossa vida e da vida das pessoas que amamos. Descobrimos o quão importante eram todos os momentos que vivíamos – fossem eles irritantes ou não.
Talvez não sabíamos a diferença, de fato, entre simplesmente existir e viver…
Hoje, nos vemos presos. Presos em casa, sem conseguir visitar as pessoas que amamos e até mesmo, em alguns casos, nos despedirmos pela última vez de um ente querido. Talvez, hoje, levemos a vida na comodidade que desejássemos antes. Mas e aí? Será que é assim mesmo que gostaríamos de viver?
Sobreviver em tempos de crise
Desejo que você utilize este tempo de deserto, para repensar o pensado, para reavaliar a importância das coisas e para aprender de uma vez por todas que o tempo passa. Com perdas ou sem perdas, a vida segue.
Este é o momento em que precisamos refletir e pensar sobre como sobre(viver). Neste tempo de crise, sobreviva com Fé. Sobreviva junto a Deus, com a convicção de que depois que tudo isso passar você agirá de forma diferente diante da vida e dos revezes que ela nos proporciona.
Fonte: Aleteia