Carta foi enviada ao arcebispo de Yangon; mensagem expressa o amor do Papa pelo povo de Mianmar, que passa por intensa crise
Transmitir ao povo de Mianmar a preocupação e o amor do Papa por esta nação. Esse é o pedido do secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, em carta enviada ao arcebispo de Yangon, Cardeal Charles Bo, presidente da Conferência Episcopal de Mianmar.
O conteúdo da carta, enviada em nome do Papa, foi divulgado pelo próprio cardeal Bo às agências de notícias. Ele informa que o secretário de Estado do Vaticano pede ainda que essa mensagem seja transmitida às partes interessadas, de forma a encontrar o bem maior para todos.
Em especial, pensa-se na esperança e dignidade das gerações mais jovens. A paz é possível, a paz é o único caminho, frisa a mensagem.
Encorajamento à Igreja em Mianmar
O Cardeal Parolin encoraja a Igreja a se engajar no processo de paz, tomando como base as numerosas e recentes mensagens do Papa Francisco.
Ele recorda, por exemplo, o apelo no Angelus de 7 de fevereiro, quando o Pontífice pediu que os responsáveis do país colocassem-se a serviço do bem comum. E o apelo de 3 de março para a comunidade internacional: trabalhar para garantir que as aspirações do povo de Mianmar não sejam sufocadas pela violência.
Em sua carta, o Cardeal Parolin também lembra que o Papa Francisco esteve em Mianmar em 2017. Durante a visita, o Papa se reuniu com todas as partes envolvidas.
Ressurgir na paz e compreensão mútua
O Cardeal Bo destaca como uma força esse mandato e encorajamento do Vaticano. A partir disse, ele afirma que a Igreja Católica no país, junto a todas as pessoas de boa vontade, compromete-se com a tarefa de ver a nação ressurgir em compreensão mútua e paz.
“Exortamos todas as partes em Mianmar a buscar a paz”, afirma o cardeal Bo. “Esta crise não será resolvida com derramamento de sangue. Busquemos a paz! As mortes devem parar imediatamente. Já morreram muitas pessoas. O sangue derramado não é o sangue de um inimigo. É o sangue de nossas irmãs e irmãos, nossos cidadãos. Chega de mortes. Chega de violência. Abandonar o caminho das atrocidades e libertar todos os presos inocentes”.
Situação em Mianmar
Continua a aumentar o número de mortos devido à repressão das forças de segurança em Mianmar. Testemunhas e a mídia local relataram pelo menos 15 pessoas mortas em Yangon, no último dia de protestos. Estes se manifestam contra o golpe de estado que derrubou o governo democrático em 1º de fevereiro.
O Papa Francisco acompanha com preocupação e solidariedade fraterna a situação em Mianmar. Ele pede à Igreja no país que se engaje no processo de paz e se encontre com todas as partes envolvidas.
Fonte: Canção Nova