A Igreja unida em oração
Para responder ao apelo do Papa Francisco, estão previstos em vários países nas igrejas e paróquias encontros de oração pela paz na Ucrânia. O cenário do conflito não é uma hipótese remota, mas um risco concreto que pode perturbar dramaticamente o equilíbrio do mundo. Como o Papa Francisco lembra em sua Encíclica Fratelli tutti, a guerra “não é um fantasma do passado, mas se tornou uma ameaça constante. O mundo encontra cada vez mais dificuldade no lento caminho da paz que empreendeu e que começava a dar frutos”. “Se queremos um autêntico desenvolvimento humano integral para todos, devemos prosseguir sem cansar no compromisso de evitar a guerra entre nações e povos”. “Não podemos mais pensar”, lê-se ainda na encíclica, “na guerra como solução, pois os riscos provavelmente sempre excederão a hipotética utilidade que lhe é atribuída. Diante dessa realidade, hoje é muito difícil sustentar os critérios racionais amadurecidos em outros séculos para falar de uma possível ‘guerra justa’. Chega de guerra!”. “Toda guerra deixa o mundo pior do que o encontrou. A guerra é um fracasso da política e da humanidade, uma rendição vergonhosa, uma derrota diante das forças do mal”.
A situação
Francisco, como disse no último domingo no Angelus, acompanha “com preocupação o aumento das tensões que ameaçam infligir um novo golpe à paz na Ucrânia e questionam a segurança no continente europeu”. Mais de 120 mil soldados russos estão posicionados na fronteira ucraniana e no território de Donbass. Washington continua mantendo conversações com líderes europeus e com a OTAN. A Aliança Atlântica “enviará uma proposta escrita no final desta semana” à Rússia para “encontrar uma saída” para a crise. Na Ucrânia, o ministro da Defesa, Alexei Reznikov, por enquanto exclui uma ameaça de invasão russa, mas especifica que “cenários de risco” permanecem para o futuro.