“Se eu fechar os olhos, faz-me sentir o teu perfume de mulher e mãe. Segura-me com força, como seguravas Jesus!”
Neste último 15 de agosto, solenidade da Assunção de Nossa Senhora, o cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, falou sobre os santuários dedicados a Maria em tantas partes do mundo. Ele próprio estava presente em um deles, o Santuário Nacional de Nossa Senhora de Fátima em Zakopane, na Polônia.
“Por que tantos santuários no mundo? Por que tanto carinho e devoção a Maria? A partir do momento em que Maria perdeu Jesus, ela adotou, como Mãe, a Igreja nascente do sangue de seu Filho, tornando-se ela a escolhida e primeira fiel. Isto significa que, onde quer que exista uma comunidade de fé, como a primeira comunidade dos Apóstolos, Maria está lá, encontra lá a sua morada e uma família onde viver. Isso explica também por que Maria nunca nos deixou sozinhos. Suas aparições, como em Fátima, Lourdes e muitas outras, seus Santuários como Czestochowa, este de Zakopane e muitos outros espalhados pelos vários continentes, testemunham a sua presença viva em meio a nós”.
O cardeal recordou que o Papa São João Paulo II costumava ir a Zakopane quando era criança e continuou indo como sacerdote e Pontífice. Ele também afirmou:
“Toda a Polônia cristã estava espiritualmente unida aos sacerdotes e bispos em Jasna Góra, em Czestochowa, onde Maria foi coroada rainha da Polônia. No afeto e devoção a Maria, gerações de poloneses foram formadas e mantiveram a fé viva, mesmo em tempos sombrios. Na escola de Maria, Karol Wojtyla, filho desta nação, moldou o seu caráter e se consagrou totalmente a ela -Totus tuus-, a Cristo e à Igreja”.
Continuando a homilia, o cardeal acrescentou:
“A Igreja não se esquece de Maria, recordando-a e celebrando-a liturgicamente durante todo o ano litúrgico. Maria se tornou a primogênita de uma nova criação, aquela salva por Jesus. Nós, como comunidade cristã, isto é, como comunidade redimida por Cristo, hoje estamos felizes por estar aqui reunidos, quase abraçados e beijados por ela, e por podermos dizer: Maria, minha Mãe, eu te amo! Eu te amo! Se eu fechar os olhos, faz-me sentir o teu perfume de mulher e mãe. Segura-me com força, como seguravas Jesus! Fala comigo como falavas com Ele! Olha para mim com a mesma ternura”.
ALETEIA