01 Fev 2015
Santa Brígida (+1373)
Imagem do santo do dia

Nasceu pelo ano de 1303 em Finsta, região da Suécia. Foram seus pais Birger e Ingerborg, ricos lavradores. Como costuma acontecer nestas vidas de santos, abundam as lendas acerca da sua infância, pois é muito pouco o que dela sabemos criticamente: sua mãe salvou-se milagrosamente do perigo da morte, ao dá-Ia à luz; as varas com que procuravam castigar a menina, partiam-se antes de a atingir, etc... O que parece certo é que os pais eram bons cristãos e que educaram a pequena Brígida nesta fé e piedade. Teve também uma tia muito piedosa e um irmão a quem chamava "o noivo da Virgem", pela sua grande bondade e piedade para com a Virgem Maria.

Como acontecia por essa altura, casaram-na com um nobre cavalheiro com a tenra idade de 14 anos. Dele teve oito filhos que muito pouco se pareceram entre si, pois uns chegaram à santidade e outros percorreram caminhos pouco dignos de ser imitados. Brígida preocupou-se grandemente com a educação dos filhos, procurando inculcar neles o santo temor de Deus e a prática das virtudes humanas. Foi chamada pela rainha D. Branca para fazer parte das damas da sua corte. Nesta nova missão esforçou-se por implantar uma autêntica vida cristã, exercendo grande influência nas suas companheiras. Estava em moda nesse tempo fazer a peregrinação a Santiago de Compostela, coisa que a nossa santa fez durante dois anos, acompanhada por seu marido. Por essa ocasião, pôde apreciar duas grandes calamidades que assolaram a cristandade durante muito tempo: foi a chamada Guerra dos Cem Anos e o tristemente célebre Desterro dos Papas em Avinhão.

No regresso de Compostela, o marido, Ulf Gudmarsson, morreu, deixando Brígida livre para se entregar ao apostolado, a que já antes se dedicava, com autorização dele. Um dia, estando em oração, pareceu-lhe ouvir a voz de Deus que lhe falava da missão que lhe ia confiar. Pede-lhe o Senhor que funde um convento e que convide insistentemente o clero, os príncipes e todo o povo a viver dignamente a vida cristã, que se corrijam dos seus defeitos e pecados e que façam penitência, se não quiserem receber duros castigos da parte do Senhor... Brígida põe mãos à obra e, com a ajuda do rei, começa a construção do Mosteiro. Mas depressa o rei se opõe e chega mesmo a deitar abaixo o que já tinha sido construído. Brígida porém, não cede. Insiste nas ordens recebidas da parte do Senhor.

Escreve a Regra para o seu Mosteiro e dirige-se a Roma- não a Avinhão - para ganhar o Jubileu do Ano Santo, e obter da. parte do Papa a aprovação da sua Regra. Santa Brígida faz-se rodear de alma boas - "os amigos de Deus", como e lhes chamava - entre os quais se encontrava a sua própria filha Catarina que também viria a ser canonizada depois pela Igreja. e pede ao Papa que aprove a sua Regra e a sua Ordem... Pede também ao Papa que não volte para Avinhão... Consegue-o, mas, depois, o mesmo Papa voltará para a sua sede em França. A aprovação desejada não chegará senão depois de vinte anos de confiante espera.

Acompanhada pelos "amigos de Deus", dirigiu-se em peregrinação à Terra Santa, onde permaneceu meio ano, recebendo grandes graças da parte do Senhor. Tanto aqui como em Roma e durante a sua peregrinação, ia a graça de Deus realizando prodígios por seu intermédio. Brígida macerava barbaramente o seu corpo com duras penitências e entregava-se permanentemente à oração e obras de caridade. Pouco depois de regressar da sua dura peregrinação, morria santamente em Roma, a 23 de Julho de 1373. Além da célebre Ordem Brigidiana, fundou a Ordem do Santíssimo Salvador que chegou a ter grande esplendor. Teve célebres revelações da parte de Deus, ainda hoje muito conhecidas. Foi canonizada em 1391 pelo Papa Bonifácio IX. João Paulo II declarou-a "Padroeira da Europa".

Oração a Santa Brígida

Santa Brígida,

aqui estou prostrada aos seus pés, peço pelos méritos da Paixão,

morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, sua intercessão.

Tocai meu coração a fim de que seguindo seu maravilhoso exemplo eu possa,

a cada dia mais, adorar o Filho bem amado de Deus Pai.

Que pela imitação à sua santidade, eu me desapegue dos bens e dos afetos terrenos,

que eu trilhe nos caminhos que me foram traçados pelo Criador.

Ó minha Santa, quero vivenciar todo desprendimento por ti demonstrado,

que meu coração também seja adorador.

Que nessa peregrinação, minha atitude evangélica seja fonte de abundantes frutos,

mas se me sobrevier a fraqueza, que eu proclame que a mim ,

basta a tua Graça, Senhor.

E isso seja fonte de minha consolação!

Amém!