São Francisco Xavier Is 25,6-10a
6O Senhor dos exércitos preparou para todos os povos, nesse monte, um banquete de carnes gordas, um festim de vinhos velhos, de carnes gordas e medulosas, de vinhos velhos purificados.
7Nesse monte tirará o véu que vela todos os povos, a cortina que recobre todas as nações,
8e fará desaparecer a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e tirará de toda a terra o opróbrio que pesa sobre o seu povo, porque o Senhor o disse.
9Naquele dia, dirão: “Eis nosso Deus do qual esperamos nossa libertação. Congratulemo-nos, rejubilemo-nos por seu socorro,
10aporque a mão do Senhor repousa neste monte.
São Francisco Xavier Sl 22,1-3a.3b-4.5.6
Resposta: “Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.”
1O Senhor é meu pastor, nada me faltará.*
2Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes,
3restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome.
4Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.
5Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça.
6A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.
São Francisco Xavier Mt 15,29-37
29Jesus saiu daquela região e voltou para perto do mar da Galileia. Subiu a uma colina e sentou-se ali.
30Então numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos, aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos seus pés e ele os curou,
31de sorte que o povo estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam; e glorificavam ao Deus de Israel.
32Jesus, porém, reuniu os seus discípulos e disse-lhes: “Tenho piedade desta multidão: eis que há três dias está perto de mim e não tem nada para comer. Não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho”.
33Disseram-lhe os discípulos: “De que maneira procuraremos neste lugar deserto pão bastante para saciar tal multidão?”.
34Pergunta-lhes Jesus: “Quantos pães tendes?”. “Sete, e alguns peixinhos” – responderam eles.
35Mandou, então, a multidão assentar-se no chão,
36tomou os sete pães e os peixes e abençoou-os. Depois os partiu e os deu aos discípulos, que os distribuíram à multidão.
37Todos comeram e ficaram saciados, e, dos pedaços que restaram, encheram sete cestos.
Comentário:
Ficaram saciados – O Advento vem despertar em nós fome da Palavra, fome do Pão da Vida. Belém é «casa de pão», para onde convergem a saciar-se todas as fomes e buscas do bem e da verdade. Para um mundo vazio de valores essenciais, enganado por manjares e gostos ilusórios, a resposta é Pão vivo, que o Pai nos dá. Quem tiver fome, venha a Belém comprar sem dinheiro, venha comer sem pagar.
«Tenho dó desta multidão»! O Menino de Belém é a divina ternura e compaixão que vem saciar-nos com o Pão do Céu. Doem-lhe as nossas dores, cansam-no as nossas fadigas. A nossa fragilidade o atrai, a nossa pobreza o sacia. Chama-nos à intimidade do deserto, para aí nos curar e pôr a mesa em abundância. Deus é fiel e não deixa desfalecer no caminho aqueles que o seguem. Sobraram sete cestos, porque os dons de Deus ultrapassam sempre tudo o que podemos pedir ou desejar. Quem segue a Cristo, tudo o mais lhe sobra.
A Igreja de Cristo continua hoje o milagre da multiplicação dos pães. Reparte-se pelo mundo, dando pão a quem tem fome, promovendo o homem na sua dimensão total. Pela mão dos seus ministros reparte por cada homem a sua medida de trigo, a palavra de amor e verdade, que plenamente os sacia. Pelo testemunho de vida do cristão se multiplica o pão da graça, que convence a conforta o mundo. No Pão da Vida que comungamos, seremos curados das nossas chagas e culpas, e comeremos a plenitude do bem e da alegria.
Senhor, dá-nos sempre deste Pão!

