Um dia destes uma pessoa perguntou a queima roupa: Padre o cristão pode participar dos festejos de carnaval? O ponto de partida para a resposta esta em examinar as Sagradas Escrituras, e nela vamos ver que Deus não é contra a alegria de uma festa. O próprio Jesus ia a festas, como por exemplo nas bodas de Caná (cf. Jo 2,1-11).
A questão esta em ter a coragem para responder a uma pergunta: Como é festejado o carnaval atualmente? Para ajudar a responder, quero lembrar de uma pessoa muito querida. O nome dela era D. Aparecida, foi para mim uma segunda mãe, morou durante muitos anos comigo na casa paroquial. Nesta época, ela contava como era o carnaval de rua em São Paulo. As famílias a pé, ou nos carros, saiam fantasiadas, jogando confetes e serpentinas e cantarolando a marchinha daquele ano. Tudo era pura diversão entre amigos.
Aos poucos a festa foi se transformando. Saiu das ruas, e foi para os salões. Surgem os concursos de fantasias. Aí ainda se conservou, durante um certo tempo, uma dimensão familiar.
Os costumes foram mudando. O corpo e o sexo passaram a ser exaltados e banalizados. O abuso do álcool e drogas se infiltraram, em muitos ambientes carnavalescos. Em algumas escolas de samba existe o financiamento dos bicheiros e traficantes de drogas. Não quero generalizar, existem exceções.
Não sou contra a alegria do carnaval, mas como o apóstolo Paulo, em I Cor 6,12, digo: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma.”
Oração ao Espírito Santo para pedir discernimento
Tu que por tua luz maravilhosa separas a verdade do erro,
ajuda-nos a discernir o que é verdadeiro.
Dissipa nossas ilusões e não nos deixeis enganar pelas aparências;
mostra-nos a realidade.
Liberta-nos de toda a mentira,
da que dizemos aos outros e da que,
mais grave ainda, dizemos a nós mesmos.
Ensina-nos a desvendar as tentações logo que se apresentam,
a desmascarar-lhes a falsa e vã sedução.
Faze-nos reconhecer a linguagem autêntica de Deus no fundo de nossa alma,
e ajuda-nos a distingui-la de qualquer outra voz.
Indica-nos a vontade divina em todas as circunstâncias de nossa vida,
para que possamos tomar as devidas decisões.
Impele-nos a perceber nos acontecimentos os sinais de Deus,
os apelos que Ele nos dirige e as lições que nos quer dar.
Torna-nos aptos a perceber o que nos sugeres,
e não perder nenhuma de tuas inspirações.
Concede-nos a sabedoria sobrenatural
que nos faça descobrir as exigências da caridade e
compreender o que reclama o amor generoso.
Eleva, sobretudo o nosso olhar para que ele possa discernir o próprio Deus,
por toda a parte em que sua presença nos é dada e
por toda a parte em que sua ação nos acompanha e nos toca.
Pe. Alberto Gambarini
Nem consigo.
Desisusão, por quem não tem palavra, consideração e nem reputação.
Lastimavel.