A capital colombiana está recebendo desde quinta-feira (02/02) até domingo (05/02) 16ª Cúpula Mundial de vencedores do Prêmio Nobel da Paz. Mais de 30 personalidades e organizações premiadas estão presentes, compactos ao apoiar os acordos de paz entre o governo do país e a ex-guerrilha das FARC.
“Quando as vítimas resistem à vingança, promovem o diálogo e a verdadeira reconciliação”: é o que afirma o Papa Francisco em mensagem enviada ao Encontro, intitulado “Paz e Reconciliação”.
“O Papa” – como escreve o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado que assina a mensagem – “exorta a promover o acordo e o diálogo entre os povos; e de modo especial, está confiante nos esforços da Colômbia neste sentido, que podem inspirar todas as comunidades a superar as divisões a fim de que as vítimas da violência sejam capazes de resistir a tentações como represálias e se tornem construtoras de paz”.
É a primeira vez que esta cúpula se realiza na América Latina.
Na abertura, o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, último ganhador do Nobel, afirmou que é preciso mudar o discurso de terrorismo e rejeição aos imigrantes.
Em 52 anos, a guerra na Colômbia causou 260.000 mortos, mais de 60.000 desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados. O conflito envolveu cerca de três dezenas de grupos de guerrilha de esquerda, entre os quais as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que assinaram um acordo de paz com o governo no final de novembro, e o Exército de Libertação Nacional (ELN), último grupo rebelde ainda ativo, que deve iniciar negociações com as autoridades no próximo dia 8 de fevereiro.
Fonte: Rádio Vaticano