Círio Pascal, símbolo de Cristo Ressuscitado, é um dos belos elementos litúrgicos da Páscoa e resplandece com especial protagonismo na Vigília da Ressurreição. Duas empresas nos Estados Unidos conservam a tradição de sua elaboração e contam com sua própria história, que fala da Fé e o cuidado pelo sagrado.
A história de Martin Candles, companhia baseada em Contoocook, NH, Estados Unidos e destacada pelo informativo Catholic News Service, começa na infância de seu fundador, Martin Marklin. Nesse então, o pequeno de oito anos de idade, começou a admirar a beleza dos círios pascais na Paróquia da Santa Cruz em St Louis. Sobretudo, os relevos e as dimensões deste enorme círio lhe pareciam chamativos e por isso estranhou muitos anos depois, quando o Círio Pascal foi substituído com um muito simples que apenas levava impressos os símbolos característicos em um adesivo.
O motivo desta lamentável mudança foi o falecimento da mulher que até então havia elaborado os círios da paróquia, cuja arte não tinha sido aprendida por nenhum outro fiel. Em 1975, Martin Marklin se propôs a fabricar ele mesmo um círio digno da liturgia, e durante vários anos desenvolveu a habilidade suficiente para começar a atividade. A companhia resultante deste esforço continua hoje sua missão, sob a administração de Marklin e sua esposa, e vende de maneira direta às paróquias os Círios que elaboram por encomenda.
De uma forma muito mais ampla, Cathedral Candle Co. leva a cabo este mesmo trabalho, com a tradição familiar dos Steigerwald, que aprenderam este belo ofício na Alemanha em 1897. Seguindo os requerimentos e a tradição da Igreja, a companhia conta com suas próprias abelhas para produzir a cera e conta com 70 empregados que servem a paróquias em todo Estados Unidos.
Para ambas empresas, o Círio Pascal é sempre sua obra mestra. Este Círio deve ser sempre o maior de todos os que se encontrem no templo, é abençoado de forma solene na Vigília Pascal e marcado com os símbolos da Paixão redentora de Cristo. O ‘exultet’ se refere a este elemento litúrgico e ao “trabalho das abelhas” que permite contar com sua cera característica. O desenho do Círio Pascal conta com uma Cruz, as letras alfa e ômega do alfabeto grego e o ano no qual se emprega.
“Elaborar algo de cera e pavio que seja usado no trabalho de Deus tem o maior valor de todos”, expressou Martin Marklin a CNS, satisfeito por ter recebido 25 pedidos de templos em um só dia, para serem empregados na Solenidade da Ressurreição do Senhor. “Isso faz que as madrugadas valham a pena”, concluiu.
Fonte: Gaudium Press