Uma forte rejeição por parte do Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova York, e dos demais bispos do estado mereceu a recente introdução de um projeto de lei sobre o aborto que facilitaria o acesso a dito procedimento inclusive nas etapas mais avançadas da gestação. “Como pastores de mais de 7,2 milhões de católicos novaiorquinos, nos opomos por completo a esta medida”, afirmaram os prelados, “e urgimos a todos nossos fiéis a fazer o mesmo, vigorosa e decididamente”.
A declaração, datada do dia 4 de junho, denunciou que a norma “relaxaria as restrições na lei estatal para aborto nos estados avançados de gravidez”, ao introduzir uma exceção de “saúde” ampla e indefinida. Isto implica um grave risco de “ampliar o acesso ao aborto em todas as etapas da gestação”.
Os prelados advertiram também que a norma revogaria as regras existentes em matéria penal sobre aborto, “abrindo a porta a que não doutores realizem abortos e potencialmente despenalizando inclusive os abortos forçados ou sob pressão”. A redação da proposta também padece de uma “vaga e insuficiente” proteção de liberdade de consciência, o que colocaria em risco a liberdade religiosa das instituições médicas.
A norma “não menciona em nenhum lugar as partes de leis federais que limitam o aborto, tais como a proibição de financiá-lo com dinheiro de impostos, a proibição do aborto por “nascimento parcial” ou a proteção dos não nascidos vítimas da violência”.
Sobre a justificação oferecida pelo governador Andrew Cuomo para a proposição do projeto, os Bispos afirmaram que apoiam por completo, como o tem feito a Igreja, os esforços para respeitar e elevar a dignidade da mulher. Advertiram, no entanto, que “o acabar diretamente com a vida da criança no ventre em nenhuma hipótese melhora a dignidade da mulher”.
Os bispos propuseram, no lugar de aprovar a norma, trabalhar para proteger as mulheres e as crianças por nascer. “Em Nova York, onde uma a cada três gravidezes termina em aborto, está claro que como estado temos perdido a noção da dignidade dessas crianças”, declararam. Por este motivo, renovaram o compromisso de derrotar o projeto, da mão com os cidadãos provida, com o convencimento de que não existe nenhuma necessidade para aprovar a lei. “Em lugar disto necessitamos melhorar e promover a vida e a dignidade de todos os seres humanos desde o momento da concepção até a morte natural”, concluíram. (GPE/EPC)
Com informações da Arquidiocese de Nova York.
Fonte: Gaudium Press