A condição dos cristãos nas áreas de conflito no Oriente Médio é sempre grave, em meio a uma situação de grandes dificuldades para as minorias, quer no Iraque, quer na Síria.
Fontes locais na Síria anunciam que o autodenominado Estado Islâmico (EI) impôs o toque de recolher em Palmira, cidade sede de um antigo sítio arqueológico patrimônio da Unesco, sob controle dos milicianos do EI, que já controlam 50% do país. No Iraque, onde a situação é cada vez mais complicada, registra-se a queda de Ramadi.
Sobre a situação dos cristãos no País do Golfo, a Rádio Vaticano entrevistou o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, que esteve recentemente em missão no Iraque:
Cardeal Leonardo Sandri:- “Foi para mim uma viagem realmente muito significativa, porque pude me aproximar da realidade da Igreja Católica no Iraque e da realidade de muitos cristãos e, sobretudo, de alguns bispos das outras Igrejas que vivem e que atuam ali, e pude levar uma palavra de proximidade e de encorajamento. Apesar de tudo aquilo que está acontecendo, não se pode deixar a esperança morrer: é preciso mantê-la sempre viva.”
RV: O senhor encontrou também muitos refugiados…
Cardeal Leonardo Sandri:- “Visitei muitas casas com refugiados e pude não somente levar uma palavra de conforto, mas, sobretudo, aprender deles, ver como eles – apesar de tantos sofrimentos – conservam a serenidade e a paz: vivem em condições precárias e em condições muito elementares, mas cheios de fé e de esperança. Ver certos católicos, cristãos, sírio-católicos deslocados de Qaraqosh de Mosul que vivem com suas famílias, com dignidade, com pobreza, com austeridade, é verdadeiramente um exemplo para todos nós.”
RV: O que essas pessoas pediam ao senhor como primeira coisa?
Cardeal Leonardo Sandri:- “A vida delas era uma palavra, um pedido de ajuda, de solidariedade por parte do mundo inteiro e, em particular, do mundo católico.”
Fonte: Rádio Vaticano