Francisco deseja visitar o país, mas enquanto isso não é possível quis materializar sua ajuda à população que sofre com conflitos
“O Papa pelo Sudão do Sul” é a nova iniciativa do Papa Francisco para ajudar a população do país que sofre com uma guerra que já dura mais de quatro anos e provocou uma grave crise humanitária. Cerca de 7,3 milhões de pessoas passam fome em virtude dessa situação. A novidade foi apresentada em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 21.
Francisco já manifestou várias vezes seu desejo de visitar o Sudão do Sul. No mês passado, o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, informou que a viagem prevista para o próximo mês de outubro teve que ser adiada porque não havia condições para uma visita papal.
“O Santo Padre, não podendo ir pessoalmente ao Sudão do Sul, quis tornar tangível a presença e a proximidade da Igreja com a população aflita através desta iniciativa ‘O Papa para o Sudão do Sul’. Trata-se de uma iniciativa que vai apoiar e encorajar a obra de diversas congregações religiosas e organismo de ajuda internacional que estão presentes no território e que trabalham incansavelmente para socorrer a população e promover o processo de desenvolvimento e de paz”, informou o Cardeal Peter Turkson, que lidera o órgão vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.
Algumas iniciativas em favor da população também estão sendo organizadas através desse órgão vaticano, informou o cardeal. Dois projetos são no campo da saúde: dois hospitais geridos pelas Irmãs Missionárias Combonianas que trabalham no Sudão do Sul. Outro projeto é no âmbito da educação: a proposta é providenciar bolsas de estudos de dois anos para os estudantes. No campo da agricultura, há um projeto gerido pela Caritas Internacional que envolve cerca de 2.500 famílias.
“O Santo Padre não se esquece das vítimas silenciosas deste conflito sanguinário e desumano, não esquece todas aquelas pessoas que são obrigadas a fugir de seu país natal por causa da prevaricação, da injustiça e da guerra (…) Ele espera vivamente poder ir o quanto antes em visita oficial ao país”.
Fonte: Notícias CN