Teve lugar na tarde desta quinta-feira a XIX Sessão Pública das Pontifícias Academias para o ano de 2014, sob o tema “Maria Ícone da infinita beleza de Deus”, preparada pela Pontifícia Academia Mariana Internacional. Interveio o Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura. A sessão também recordou a figura do Beato Papa Paulo VI e o documento Marialis Cultus, sobre Maria e o culto que a Igreja lhe dirige, 40 anos após a sua publicação, em 1974. Durante a sessão, o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin entregou em nome do Santo Padre o Prémio das Pontifícias Academias no âmbito da mariologia.
Na sua mensagem ao Card. Ravasi o Papa saudou a todos os que participam nesta XIX Sessão Pública das Pontifícias Academias, dedicada ao tema “Maria ícone da infinita beleza de Deus. A Marialis Cultus e o magistério mariológico-mariano de Paulo VI”, que quis dedicar à Mãe de Deus, e ao culto a ela dedicado também como Mater Ecclesiae, duas Cartas Encíclicas, a Mense Maio e a Christi Matri
Naquela solene e histórica ocasião – diz o Papa na sua mensagem – o Beato Paulo VI quis indicar Maria a toda a Igreja como “a Mãe de Deus e a nossa Mãe espiritual”. O mesmo Pontífice, dez anos mais tarde, num seu discurso durante o Congresso mariológico-mariano organizado em Roma pela Pontifícia Academia Mariana Internacional, por ocasião do Ano Santo de 1975, quis tornar-se promotor no âmbito da pesquisa mariológica e da piedade popular da “via pulchritudinis”, o itinerário de pesquisa que parte da descoberta e da admiração devota da beleza de Maria, vista como reflexo da infinita beleza de Deus.
Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, recorda o Papa, ele também confiou o caminho da Igreja à materna intercessão de Maria, lembrando a todos os crentes que “existe um estilo mariano na actividade evangelizadora da Igreja, porque todas as vezes que olhamos para Maria voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afecto. Nela vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam de maltratar os outros para se sentirem importante … Esta dinâmica de justiça e ternura, de contemplação e caminho em direcção aos outros, é o que faz dela um modelo eclesial para a evangelização”.
Não nos cansemos, pois, de aprender com Maria, de admirar e contemplar sua beleza, de nos deixarmos guiar por ela que nos conduz sempre à fonte originária e à plenitude da autêntica e infinita beleza, de Deus, que se revelou a nós em Cristo, Filho do Pai e Filho de Maria.
E para encorajar e apoiar a todos os que se empenham em oferecer um sério e válido contributo à pesquisa mariológica e, particularmente, à pesquisa que percorre e aprofunda a via pulchritudinis, o Papa atribuiu o Prémio das Pontifícias Academias à Associação Mariológica Interdisciplinar Italiana, sobretudo pela publicação da Revista Theotokos. (BS)
Fonte: News.va