Ontem o Papa Francisco recebeu em audiência os membros da Fundação Banco Alimentar. A Fundação nasceu 25 anos atrás por iniciativa do empresário italiano, Danilo Fossati, com o apoio do sacerdote Luigi Giussani.
A finalidade do Banco Alimentar é combater o desperdício de alimento, recuperá-lo e distribui-lo às famílias em dificuldade e às pessoas indigentes. A audiência, portanto, foi a ocasião para Francisco voltar a definir como “escandalosa” a fome que ainda hoje ameaça a vida e a dignidade de tantas pessoas.
“Hoje devemos nos confrontar com esta injustiça e, permito-me dizer, com este pecado: num mundo rico de recursos alimentares, demasiados são aqueles que não têm o necessário para sobreviver; e isto não somente nos países pobres, mas sempre mais também nas sociedades ricas e desenvolvidas.”
A situação é agravada pelo aumento dos fluxos migratórios, que levam à Europa milhares de refugiados, que fogem de seus países e necessitados de tudo.
Educar à humanidade
O Papa acrescenta dizendo que diante deste problema, Jesus não fez discursos, mas agiu realizando milagres. “Nós não podemos fazer o mesmo, mas podemos educar-nos à humanidade para abater os muros do individualismo e do egoísmo, sem permanecer indiferentes ao clamor dos pores”.
“Compartilhar o que temos com aqueles que não têm os meios para satisfazer uma necessidade tão primária nos educa à caridade”, afirmou Francisco, encorajando a Fundação a prosseguir a sua obra, mesmo que pareça uma gota no mar.
Com a mobilização de outras pessoas, acrescenta o Papa, este trabalho aumenta o rio que alimenta a esperança de milhões de pessoas.
Por fim, o Santo Padre pediu que os membros do Banco Alimentar tratem as pessoas não como números, mas como amigos. “Assim, saberão olhá-los nos olhos, apertar sua mão, descobrir neles a carne de Cristo e a ajudá-los a reconquistar sua dignidade e recolocá-los em pé.”
Fonte: CN Notícias