“Isto não é uma fantasia; eu vi! Eu vivi isto”
Em sua catequese semanal, o Papa Francisco contou a história de um milagre que ele presenciou quando era bispo na Argentina.
Lembro-me de algo que vivi de perto, quando estava na outra diocese. Havia um casal que tinha uma filha de nove anos com uma doença que os médicos não sabiam o que era. E finalmente, no hospital, o médico disse à mãe: “Senhora, chame o seu marido”. E o marido estava no trabalho; eram operários, trabalhavam todos os dias. E disse ao pai: “O bebé não vai superar a noite. É uma infeção, não há nada que podemos fazer”.
Grande fé
Aquele homem, talvez não fosse à missa todos os domingos, mas tinha uma grande fé. Saiu a chorar, deixou a sua esposa com a criança no hospital, apanhou o comboio e fez a viagem de setenta quilómetros até à Basílica de Nossa Senhora de Luján, Padroeira da Argentina. E lá – a Basílica já estava fechada, eram quase dez horas da noite – ele agarrou-se às grades da Basílica e rezou toda a noite a Nossa Senhora, lutando pela saúde da sua filha.
“Eu vi”
Isto não é uma fantasia; eu vi-o! Eu vivi isto. Aquele homem ali a lutar. No final, às seis horas da manhã, a igreja abriu-se e ele entrou para saudar Nossa Senhora: toda a noite “lutou”, e depois foi para casa. Quando chegou, procurou a sua esposa, mas não a encontrou, e pensou: “Ela foi embora. Não, Nossa Senhora não me pode fazer isto”. Depois encontrou-a, sorrindo e dizendo: “Mas não sei o que aconteceu; os médicos dizem que a situação mudou e agora está curada”. Aquele homem que lutava com a oração obteve a graça de Nossa Senhora. Nossa Senhora ouviu-o.
A oração faz milagres
E eu vi isto: a oração faz milagres, porque a oração vai direta ao centro da ternura de Deus que nos ama como um pai. E quando Ele não nos concede uma graça, dar-nos-á outra que veremos a seu tempo. Mas é sempre preciso lutar em oração para pedir uma graça. Sim, por vezes pedimos uma graça de que precisamos, mas pedimo-la assim, sem querer, sem lutar; não é assim que se pedem coisas sérias. A oração é uma batalha e o Senhor está sempre conosco.
Jesus está conosco
Se num momento de cegueira não conseguirmos vislumbrar a sua presença, consegui-lo-emos no futuro. Também nós um dia poderemos repetir a frase que o patriarca Jacob disse certa vez: «Em verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia!» (Gn 28, 16). No final da nossa vida, olhando para trás, também nós poderemos dizer: “Pensava que estava sozinho; não, não estava: Jesus estava comigo”. Todos poderemos dizer isto.
Fonte: Aleteia