São Tomás de Aquino foi um grande filósofo e doutor da Igreja Católica. Entre suas obras, destaca-se o “Tratado da Gratidão”. Neste escrito, São Tomás defende que a gratidão tem três níveis. São eles:
1) Nível superficial: é um nível raciona de reconhecimento ao outro por sua atitude
2) Nível intermediário: aquele nível em que o sujeito dá graças e louva a quem lhe prestou algum benefício ou favor.
3) Nível profundo: é quando o sujeito se compromete com a pessoa que lhe fez o favor ou a boa atitude; é um nível de vínculo entre as pessoas.
Os níveis de gratidão e os idiomas
Em relação aos três níveis da gratidão expostos por São Tomás de Aquino, o site Jovens de Maria lembrou a conclusão do professor Jean Lauand, da Universidade de São Paulo. Ele diz:
“Alguns idiomas, como o inglês e o alemão, agradecem no primeiro nível de gratidão. “Thank you” e “zu danken” remetem ao reconhecimento no plano intelectual.
Já a maioria dos idiomas europeus agradece no segundo nível, como “merci” do francês, “grazie” do italiano e “gracias” do espanhol, que expressam alguém que dá graças ou dá uma mercê, um agradecimento a outro.
No entanto, apenas o português possibilita agradecer no nível mais profundo da gratidão em apenas uma palavra. O “obrigado” traz o sentido de obrigação: “eu me obrigo com você por ter me feito isso…”. Gera o comprometimento mútuo, gera vínculos”.
Portanto, precisamos refletir: quando eu digo “obrigado”, estou mesmo demonstrando uma obrigação para com o outro? Ou seja: quando digo “obrigado”, estou, de fato, criando vínculo verdadeiro com o próximo?
Fonte: Aleteia