As primeiras suspeitas sobre um novo teste norte-coreano foram feitas por sismólogos que detectaram um sismo de magnitude 5,1 perto da principal instalação de testes nucleares da Coreia do Norte, no nordeste do país.
A organização responsável pela aplicação do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, com sede em Viena, declarou ter detectado uma atividade sísmica “incomum” na Coreia do Norte.
A maioria dos especialistas acreditava em que Pyongyang ainda precisaria de anos para desenvolver uma bomba termonuclear, mas estavam divididos sobre a capacidade norte-coreana de miniaturizar a arma atômica, uma etapa decisiva na produção de ogivas nucleares.
Uma bomba de hidrogênio, ou termonuclear, utiliza a técnica da fusão nuclear e produz uma explosão muito mais potente do que uma deflagração por fissão, gerada apenas por urânio ou plutônio.
Seja, ou não, uma bomba H, esse quarto teste nuclear norte-coreano constitui uma afronta flagrante para inimigos e aliados do regime de Pyongyang, ao qual tinham advertido seriamente contra a continuação do programa nuclear.
Impulso em favor de sanções
O fato de que as sanções internacionais não tenham impedido a Coreia do Norte de seguir adiante e realizar um novo teste reforça a probabilidade de sanções mais duras.
O embaixador russo na ONU, Vitali Tchurkin, convidou membros do Conselho a “manter a calma” e disse esperar que se chegue a uma “resposta apropriada”, sem dar mais detalhes sobre ela.
“Vamos trabalhar com outros em uma resolução sobre as sanções adicionais”, disse aos jornalistas o embaixador britânico no órgão, Matthew Rycroft.
Em 2014, o presidente americano, Barack Obama, classificou a Coreia do Norte como “Estado pária” e prometeu sanções mais duras, em caso de novo teste nuclear.
Já Pequim busca a retomada do diálogo a seis – entre as Coreias do Norte e do Sul, China, Estados Unidos, Rússia e Japão – sobre o programa nuclear norte-coreano, em ponto morto desde 2008.
Os especialistas estimam que Pyongyang tem, hoje, plutônio para fabricar até seis bombas. Desconhecem se o regime utilizou urânio, ou plutônio, em seu teste de 2013.
Fonte: Aleteia