E diante as tragédias que acontecem no mundo devemos depositar a nossa confiança em Deus, porque Ele não decepciona e nem abandona ninguém. Então, o Caminho da Misericórdia nos convida a olhar para este mundo materialista e pensar: “quais são as riquezas que não desaparecem? Seguramente duas: o Senhor e o próximo. Estes são os bens maiores, que havemos de amar. Tudo o resto – passa; mas não devemos excluir da vida Deus e os outros” (Papa Francisco).
Sim, o Tempo da Misericórdia que foi proposto nos faz pensar sobre diversos pontos, e dentre os muitos assuntos é importante refletir sobre o significado da palavra exclusão: eliminação, rejeição, recusa. Se todos nós somos filhos do Pai do céu, então, somos todos irmãos, assim, não é correto promover a exclusão de pessoas. Afinal, o ser humano é precioso aos olhos de Deus, portanto, não merece um olhar e nem um tratamento de desprezo. Não se importar e nem demonstrar interesse por alguém é um ponto que precisa ser verificado dentro do nosso coração.
“A pessoa humana, colocada por Deus no cume da criação, muitas vezes é descartada, porque se prefere as coisas que passam. Isto é inaceitável, porque o ser humano é o bem mais precioso aos olhos de Deus. E é grave que nos habituemos a este descarte; é preciso preocupar-se quando se anestesia a consciência, já não fazendo caso do irmão que sofre ao nosso lado nem dos problemas sérios do mundo, que se reduzem a um refrão já ouvido nos sumários dos telejornais” (Papa Francisco).
Enfim, pensar no verdadeiro sentido da nossa existência nos faz querer viver a inclusão e não a exclusão. Excluir Deus da vida humana é tirar Deus da nossa origem, isto significa arrancar a base do ser humano que é um Ser eterno. Sim, que o Ano da Misericórdia nos ajude a lembrar das pessoas que não podemos descartar, pois são preciosas aos olhos de Deus.
Afinal, o que é que tem valor na vida?
Homilia do Papa Francisco
Fonte: Canção Nova