Hoje a Igreja celebra o dia de São José, um homem que marcou a história da humanidade. Além de ser o esposo de Maria e exercer a paternidade adotiva do Filho de Deus, ele é hoje, para nós, um exemplo da vivência da obediência e, principalmente, da coragem “abandonada”.
E é justamente sobre essa coragem de São José que vamos falar hoje.
No mundo moderno, o homem tem cada dia mais entrado em crise em relação a qual é o seu verdadeiro papel na sociedade, no ambiente profissional e na família. A sua identidade está em “cheque”. A coragem para tomar decisões importantes parece ser permeada por uma insegurança que, muitas vezes, o deixa na retaguarda, sem muita iniciativa. É claro que essa não é uma postura de todos os homens modernos, mas hoje, muitos se sentem assim, ainda que não assumam. E é diante dessa realidade que você, homem, pode encontrar um modelo da vivência sadia da sua mais profunda identidade. Esse modelo é São José.
Perceba que, como um homem normal, José teve medo diante da nova e inusitada situação que estava acontecendo em sua vida: a mulher na qual ele estava apaixonado estava grávida do Filho de Deus. Do Filho de Deus. Qual a chance disso acontecer? Como entender tamanho mistério? Perceba que mesmo em meio à tanta incompreensão, José soube confiar. Teve uma santa e ousada iniciativa: a de assumir a missão que lhe era dada, ainda que isso pudesse significar muitos julgamentos externos. Foi um homem maduro, que não parou no medo, mas quis livremente se comprometer, assumir responsabilidades e tornar-se o guardião da Família de Nazaré. Por meio do sim confiante de José, a história da salvação da humanidade pôde começar.
Atravessando o deserto com a sua mulher grávida prestes a dar à luz, José foi apoio firme, o homem da providência. E mesmo em meio à tantas adversidades, ele sabia que o Deus que o chamou para tamanho protagonismo de Amor, ia lhe ajudar até o fim. Confiou na fidelidade do Pai dos Céus. Não hesitou em enfrentar situações inóspitas, tentando, mesmo em meio à precariedade do ambiente, prover o melhor para a sua esposa e para a criança que estava prestes a nascer. Se colocava em último lugar não com um sentimento de inferioridade, mas por ser o homem do sacrifício, o feliz terceiro.
No momento do nascimento de Cristo, buscou incansavelmente um local para que a sua esposa tivesse um bom parto. E mesmo sem conseguir, soube entender que o melhor naquele momento não seria o ambiente perfeito, mas a simplicidade amorosa que a providência Divina dispôs. Ele soube contar com Deus, o Único que pode tirar o bem de qualquer situação humana desafiante e não favorável. José, certamente, não foi o homem do desespero.
Durante a infância de Jesus, soube educar e ser presença constante, modelo e exemplo, ainda que estivesse diante do Salvador da Humanidade. Não hesitou em ensinar o Menino Deus os ofícios diários da vida, com humildade e autoridade de pai terrestre. Em seu simples ofício de carpinteiro, provia o sustento da família, sabendo que a extraordinária redenção da humanidade teria que passar pelo ordinário de cada dia, feito com Amor. Foi homem de bastidor.
Nas situações difíceis, acompanhava Maria em busca do Filho que já pregava nas sinagogas diante dos mestres da Lei mesmo com tão pouca idade. Soube educar, mas também deu espaço para que a vontade do Pai na vida de Jesus acontecesse. A preocupação com o que ia acontecer com o Filho não falava mais alto: sabia exercer uma sadia paternidade.
Responsabilidade, iniciativa, presença, obediência, humilde protagonismo. Confiança. Abandono nas mãos de Deus. Paternidade sadia, trabalho, providência.
Que neste dia de hoje, essas virtudes de São José lhe inspirem a ser um homem fiel e perseverante, disponível a assumir a missão que lhe é confiada em seu tempo e no seu contexto de vida. Deus não vai lhe deixar na mão! Abrace aquilo que Ele tem pra você: há uma história de salvação que lhe espera! Como São José, olhe além do medo e se ponha à caminho! Vale a pena se comprometer com o Reino de Deus.
Fonte: ComShalom.