Há precisamente três anos, o Papa Francisco decidiu fazer sua primeira visita em território italiano: à Ilha de Lampedusa.
Com esta intenção, Francisco visitou, precisamente no dia 8 de julho, a famosa ilha ao sul da Itália, em cujo porto são acolhidos e abrigados milhares de imigrantes.
Globalização da indiferença
Durante a Santa Missa, o Pontífice exortou os fiéis a “despertar suas consciências” e a combater a “globalização da indiferença”.
Desta forma, o Papa alertou para a “cultura do bem-estar pessoal”, que leva à indiferença com os outros, diante das desumanas tragédias.
Desde que Francisco lançou no mar uma coroa de flores pelas vítimas dos naufrágios, até hoje pouca coisa mudou: milhares de pessoas continuam a chegar em barcos e a arriscar sua vidas no mar, provenientes da África para a Europa, em busca de uma vida melhor para seus filhos e famílias.
Na sua homilia, o Francisco retomou o trágico acontecimento bíblico entre Caim e Abel, perguntando: “Caim, onde está o teu irmão”! Aqui, questionou de quem era a responsabilidade pela tragédia dos contínuos naufrágios.
Fraternidade
“Perdemos o sentido da responsabilidade fraterna”- disse o Papa -. A cultura do bem-estar nos leva a pensar só em nós mesmos, tornando-nos insensíveis ao grito dos necessitados”.
“A globalização da indiferença” – concluiu Francisco – “nos tirou a capacidade de chorar” e exortou todos a pedir perdão pela indiferença para com tantos irmãos e irmãs que não conseguem chegar à “terra prometida” da Europa!
Por ocasião dos três anos da visita que o Papa realizou a Lampedusa mais de trinta cidades italianas se recolheram em oração pelos milhares de pessoas que perderam suas vidas em viagens rumo à Europa.
As vigílias de oração, em toda a Itália, foram promovidas pela Comunidade romana de Santo Egídio, sob o lema: “Morrer de esperança”.
Em Roma, o Substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu, presidiu à Vigília de Oração na Basílica de Santa Maria em Trastevere.
Fonte: Rádio Vaticano