Nesses últimos tempos, as crianças e adolescentes estão acostumadas a acompanhar as histórias de seus super-heróis nos cinemas e na televisão. Em tempos anteriores, os quadrinhos, habitualmente chamados de HQs, eram considerados a “febre” entre os admiradores desses seres, dotados de poderes, e que combatiam as forças do mal em defesa da humanidade.
Atualmente, são poucos os que ainda possuem aquela afinidade pela leitura das histórias de seus heróis favoritos pelos quadrinhos, onde são narradas não apenas o combate deles contra o crime, mas também o lado humano que os tornam característicos.
Com base nesta ideia, a Assessoria de Memória e Cultura das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), resolveu promover uma iniciativa diferente, tanto para estimular a leitura quanto para fazer com que as novas gerações possam conhecer, de forma mais atrativa, a história de vida e de Fé de um dos símbolos do catolicismo brasileiro.
A trajetória da Irmã Dulce, o “Anjo Bom da Bahia”, será contada através das páginas das HQs, com o lançamento da revista “Irmã Dulce – Uma trajetória de amor”.
No próximo dia 1º de abril, a publicação será lançada em Salvador às 10h, no Memorial Irmã Dulce, localizado no Largo de Roma.
O gibi, inspirado na estética do mangá, conta com ilustrações assinadas por Tiago Mello, que recria os momentos mais significantes da caminhada da religiosa na Igreja de Salvador, partindo do seu nascimento e percorrendo a infância, até sua luta em favor dos pobres e doentes.
A obra também rememora os principais fatos históricos envolvendo a Irmã Dulce, entre eles, a ocupação de um galinheiro no convento. Naquela época, o fato acabou originando a fundação das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), instituição que abriga atualmente um dos maiores complexos de saúde do país.
Em entrevista ao site da Arquidiocese de Salvador, Tiago Mello destacou que recontar a trajetória de Irmã Dulce através do gibi, de forma heroica, se assemelha às narrativas típicas dos super-heróis que compõem o universo das HQs.
Por sua vez, o Assessor de Memória e Cultura da OSID e pesquisador da vida e obra da beata, Osvaldo Gouveia, ressaltou a importância da revistinha na difusão de mensagens universais que a Bem-Aventurada Dulce dos Pobres transmitia, mais especialmente entre as crianças e os adolescentes:
“A revistinha traz para as novas gerações a história da Mãe dos Pobres. É como se estivesse apresentando a esses jovens, que não a conheceram fisicamente, a trajetória dessa grande mulher, exemplo de solidariedade, amor, Fé e doação. Irmã Dulce foi uma mulher do seu tempo e ao mesmo tempo do futuro. Que seu exemplo possa se propagar”.
O arte-educador Luciano Robatto, responsável por assinar o projeto gráfico e a editoração da obra, acredita que “ela foi um exemplo para todos e uma mulher à frente do seu tempo. A personificação do cuidado, do amor ao próximo”.
Fonte: Gaudium Press