“A droga é um mal e ante o mal não se pode ceder nem ter compromissos”. Com essas palavras do Papa Francisco, o Núncio Apostólico ante as Nações Unidas em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, reiterou a oposição da Santa Sé quanto à legalização do uso das drogas ilegais.
O discurso foi na quinta-feira, 21 de abril, durante a sessão especial da Assembleia Geral que trata do problema mundial da droga.
O Arcebispo afirmou: “A Santa Sé rechaça firmemente o uso de drogas ilegais e a legalização do uso de narcóticos”.
Dom Bernardito Auza lembrou o que o Papa Francisco afirmou acerca do tema, no dia 20 de junho de 2014: “Pensar em poder reduzir o dano permitindo o uso de psicofármacos àquelas pessoas que continuam a usar droga não resolve de fato o problema; em vez disso, é necessário confrontar os problemas que existem por trás do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens nos valores que constroem a sociedade, acompanhando os que estão passando por alguma dificuldade e dando-lhes esperança para o futuro”.
Foi nessa oportunidade que Francisco ainda disse: “a legalização das chamadas ‘drogas leves’, mesmo de modo parcial, além de ser, pelo menos, questionável em termos de legislação, não produz os efeitos que foram pré-fixados”.
Na ocasião, o Papa insistiu que “a droga não se vence com a droga. A droga é um mal, e com o mal não pode haver relaxamento ou compromissos. Mas para dizer este ‘não’, é preciso dizer sim à vida, sim ao amor, sim aos outros, sim à educação, sim ao esporte, sim ao trabalho, sim a mais oportunidades de trabalho. Se estes caminhos se fazem verdades não há espaço para as drogas, para o abuso do álcool, para outras dependências”.
Família
Na ONU, Dom Bernardito Auza ressaltou a importância da família para enfrentar o problema das drogas e alertou sobre “o efeito negativo do uso de drogas ilícitas na família que se estende à comunidade e chega a desestabilização da sociedade civil”.
“Educar nossas crianças e jovens sobre mal do abuso de drogas é um elemento importante para lutar” contra este flagelo, disse o Prelado e acrescentou que é necessário ajudar aqueles que caíram nesse vício.
“O problema da droga e suas consequências transcendem as fronteiras e afetam o mundo inteiro. Por isso, necessitamos de uma cooperação internacional rumo a uma estratégia integrada e equilibrada para enfrentá-la”, concluiu o Arcebispo.
Fonte: Gaudium Press