Desde agosto do ano passado, doze novos bispos foram nomeados para a Igreja no Brasil, além de transferências de prelados para outras dioceses. Mesmo assim, ainda há 15 Igrejas Particulares vacantes, num universo de 277 circunscrições eclesiásticas. A diocese de Carolina (MA) é a que aguarda há mais tempo, desde julho do ano passado.
Renúncia, transferência, falecimento ou perda de ofício são alguns dos motivos que podem tornar uma sede vacante, expressão oriunda do latim que significa trono vazio e que é usada pela Igreja para dizer que uma Sede Episcopal está sem o seu ocupante no governo pastoral. Neste período, a Igreja Particular fica aos cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canônico; ou por um administrador apostólico, um bispo nomeado pelo papa.
Padre Djalma Lopes de Siqueira, da diocese de São José dos Campos, explica que a escolha de um novo bispo se dá através de um longo e criterioso processo que se inicia na Nunciatura Apostólica de cada país. Na sequência, é encaminhado para a Congregação para os Bispos, no Vaticano, até chegar ao papa, a quem compete a nomeação dos bispos.
“Neste processo se busca obter através de consultas, sob segredo pontifício, a opinião de muitas pessoas para se chegar ao máximo de informações pertinentes acerca dos candidatos. Isto demonstra o quanto a Igreja tem consciência da importância da nomeação dos bispos. Muitas pessoas investem muitos anos de suas vidas e ministérios na dedicação a este serviço eclesial”, conta padre Djalma.
Confira as 15 dioceses vacantes, até esta data, na Igreja no Brasil:
Apucarana (PR), vacante desde 13 de dezembro de 2017, quando Dom Celso Antônio Marchiori foi nomeado bispo de São José dos Pinhais (PR).
Bagé (RS), vacante desde a acolhida do pedido de renúncia de Dom Gílio Felício, em 6 de junho de 2018.
Bonfim (BA), vacante desde o dia 3 de janeiro de 2018, quando Dom Francisco Canindé Palhano foi nomeado o novo bispo da diocese de Petrolina (PE).
Cachoeira do Sul (RS), vacante desde o falecimento de Dom Remídio Bohn, em 6 de janeiro de 2018.
Campinas (SP), vacante desde a nomeação de Dom Airton José dos Santos para a arquidiocese de Mariana (MG), em 25 de abril de 2018.
Carolina (MA), vacante desde que o Papa Francisco aceitou a renúncia de Dom José Soares Filho, em 5 de julho de 2017.
Formosa (GO), está sob os cuidados de um administrador apostólico: Dom Paulo Mendes Peixoto, desde 21 de março deste ano.
Ganhães (MG), vacante desde a acolhida do pedido de renúncia apresentado por Dom Jeremias Antônio de Jesus, em 4 de junho.
Ipameri (GO), vacante desde 7 de fevereiro de 2018, quando Dom Guilherme Antônio Werlang foi nomeado para a diocese de Lages (SC).
Eparquia de Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo dos Greco-Melquitas, vacante desde fevereiro, quando o Papa Francisco autorizou a transferência de Dom Joseph Gébara para a arquieparquia de Petra e Filadélfia (Jordânia) dos Greco-Melquitas.
Palmeira dos Índios (AL), vacante desde a nomeação de Dom Dulcênio Fontes de Matos para a diocese de Campina Grande (PB), em 11 de outubro de 2017.
São João del Rei (MG), vacante desde o dia 19 de janeiro deste ano, quando faleceu o bispo Dom Célio de Oliveira Goulart, aos 73 anos.
Teófilo Otoni (MG), ficou vacante em 20 de setembro de 2017, quando Aloísio Jorge Pena Vitral foi nomeado bispo de Sete Lagoas (MG).
União da Vitória (PR), vacante desde 8 de fevereiro, quando Dom Agenor Girardi faleceu vítima de um quadro infeccioso grave que evoluiu para a falência múltipla de órgãos.
Viana (MA), vacante após a transferência de Dom Sebastião Lima Duarte para a diocese de Caxias do Maranhão, no mesmo estado, em 20 de dezembro de 2017.
Fonte: Canção Nova e CNBB.