Em 2018 o Brasil terá eleições para os cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual ou distrital.
Para auxiliar os eleitores e católicos nesse processo de decisão democrática, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido ontem (20), fez contribuições à uma cartilha que está sendo organizada a partir de um documento elaborado pelo Regional Sul 2.
O documento deve apresentar uma linguagem simples e contar com indicações básicas sobre o universo da política a partir do olhar da Igreja.
Segundo padre Mário Spaki, que está coordenando o trabalho junto ao organismo, a cartilha irá abordar a crise ética pela qual passa o sistema político brasileiro, indicar sinais de esperança e resgatar a contribuição da Igreja Católica na aprovação da Lei da Ficha Limpa, o incentivo da participação dos cristãos leigas/as na vida pública e ainda a Lei 9.840/1999 contra a corrupção eleitoral. O documento traz ainda, em um capítulo, as alterações na lei eleitoral, bem como a definição da boa política e as principais funções de quem será eleito. Um outro aspecto a ser abordado neste material são as “Fake news”, falsas notícias, disseminadas no processo eleitoral.
Dom Valério Breda, bispo de Penedo, acredita que o subsídio deveria colocar não só a política em evidência, mas a vida, a família e ter um olhar mais atento aos pobres. Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari deu a ideia de o material conter relações com a Campanha da Fraternidade 2018, que tem como tema “Fraternidade e Superação da Violência” e busca promover entre outros aspectos, a paz.
O arcebispo de Diamantina e presidente da Comissão para a Comunicação, dom Darci Nicioli atentou para o fato de que todos estão dando visibilidade às eleições do executivo e esquecendo do legislativo que, segundo ele, é fundamental. Já o bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaquim Mol disse que é preciso que o material revalorize o papel da política. “Esse subsídio tem que ajudar as pessoas a reaver a esperança na política”, disse.
Após as contribuições feitas pelos bispos, o próximo passo é partir para a elaboração do texto, que deverá ficar pronto após a 56ª Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada em abril, em Aparecida (SP). Além desse tema, os bispos discutiram ao longo do dia o cronograma da Assembleia, a realização do Ano Vocacional e a promoção de um debate com os presidenciáveis.
Fonte: CNBB e A12.