O Bispo da Diocese de Frederico Westphalen, Dom Rossi Keller, fez comentários acerca do tempo da Quaresma e a importância da confissão, em seu mais recente artigo, intitulado “Queremos ver Jesus”.
O Evangelho de São João (12,20-33) do último domingo, 11 de março, de acordo com o bispo, nos narra como um grupo de prosélitos do judaísmo, que tinha vindo de longe ao Templo de Jerusalém, ouviu as maravilhas acerca de Jesus e manifestaram o desejo de o verem.
“Quando comunicaram a Jesus este desejo, o Mestre aproveitou a oportunidade para fazer uma linda catequese sobre a sua pessoa, sobre sua morte na cruz e sobre como cada seguidor deve fazer morrer em si o pecado, que nos afasta de Deus”, afirma.
Segundo Dom Keller, Deus manifesta-nos a sua beleza, sabedoria infinita, onipotência e bondade, “pela fé que as verdades reveladas alimentam em nós”. “Mas a fé não é uma ciência teórica. Quando uma pessoa não faz algum esforço para pôr em prática as verdades que aprendeu, a fé apaga-se”, disse.
Pela confissão sacramental, prosseguiu, “manifestamos este desejo de ver Jesus, de o conhecermos cada vez melhor para o amarmos cada vez mais”, pois “em cada confissão temos a possibilidade, portanto, de retirar da vida o que nos estorva de seguir o Senhor”.
“Ela (a confissão) é um encontro pessoal com Jesus Cristo. Nela somos tocados como os doentes que procuravam Jesus nos caminhos da Terra Santa”.
Ainda conforme o prelado, “através da confissão sacramental, Ele cura-nos das nossas enfermidades espirituais”.
Sobre a Quarema, o bispo de Frederico Westphalen lembra que somos convidados “a exercitar a fé para descobrirmos Jesus Cristo no sacramento da Penitência”. “Se Ele tivesse confiado este ministério a um anjo, talvez tivéssemos receio de nos aproximar. Mas Ele confiou-o a uma pessoa humana frágil como nós, que nos pode dizer com toda a sinceridade: “eu também estou a caminho do Céu e tenho dificuldades como tu!”, acrescenta.
Dom Keller ressalta também que “é Cristo quem perdoa os pecados na confissão como também é Ele que consagra o pão e o vinho no altar, e nos dois casos, atua pelo ministério do sacerdote”.
“Peçamos a graça de o ver, de reconhecê-lo presente neste sacramento de misericórdia que nos restitui a vida de Deus. A confissão propõe-nos seguir a vida e Jesus Cristo, morrer como Ele para, à semelhança do grão de trigo, dar frutos de santidade e de apostolado. ‘Jesus respondeu-lhes: (…) Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto'”.
No final do artigo, o bispo garante que “quando nos confessamos, não prometemos nunca mais pecar, mas sim lutar generosamente para não voltar a cair em pecado”.
“O atual ritual do sacramento da penitência emendou a antiga despedida – ‘vai em paz e não tornes a pecar’ – para outra mais realista: ‘vai em paz!’. Aproveitemos estes últimos momentos da Quaresma, para nos aproximar, bem preparados e dispostos, do sacramento da Reconciliação e da Paz. Não deixemos passar em vão a Graça do perdão que Deus nos oferece neste tempo santo da Quaresma”, conclui Dom Rossi Keller. (LMI)
Fonte: Gaudium Press.