Cada um de nós pode se ver no meio daquela multidão, porque foram os nossos pecados a causa da imensa dor que se abate sobre a alma e o corpo do Senhor. Sim: cada um de nós leva Cristo, convertido em objeto de zombaria, de uma a outra parte. Somos nós que, com os nossos pecados, reclamamos aos gritos a sua morte.
É justo que sintamos a responsabilidade dos nossos pecados. É lógico que estejamos muito agradecidos a Jesus. É natural que procuremos a reparação, porque às nossas manifestações de desamor, Ele responde sempre com um amor total.
Neste tempo vemos o Senhor mais próximo, mais semelhante aos seus irmãos, os homens…
Meditemos umas palavras de João Paulo II: “Quem crê em Jesus crucificado e ressuscitado leva a Cruz como um triunfo, como prova evidente de que Deus é amor…” (Homilia, 24-III-2002).
Peçamos a Jesus, que desperte na nossa alma a consciência de sermos homens e mulheres verdadeiramente cristãos, para que vivamos a Deus e, com Deus, voltados a todas as pessoas.
Não deixemos que o Senhor leve a Cruz sozinho. Acolhamos com alegria os pequenos sacrifícios diários. Aproveitemos a capacidade de amar, que Deus nos concedeu, para concretizar propósitos.
Digamos sinceramente: Senhor, nunca mais! Nunca mais!
Peçamos com fé para que nós e todas as pessoas da terra descubramos a necessidade de ter ódio ao pecado, que tantos sofrimentos causou ao nosso Deus.
Por isso, saibamos imitar o gesto de Maria, apresentado em João 19,25: “Junto à cruz de Jesus estava de pé sua mãe…”. Ela não fugiu de Jesus na hora do sofrimento, mas permaneceu fiel. Peçamos-lhe, que nos empreste o seu amor e a sua força, para que nós também saibamos acompanhar Jesus.
Do lado aberto de Jesus, pela lança do soldado, jorra uma fonte de bênçãos sobre a nossa vida.
Padre Alberto Gambarini