O Serviço Jesuíta aos Refugiados pede proteção para todos os refugiados, não prendê-los e proteger as crianças e os idosos
No próximo sábado o Papa Francisco visitará a ilha grega de Lesbos. Tal acontecimento dará visibilidade à situação dos refugiados e mostrará a necessidade de colaboração internacional entre os agentes do governo e organizações não governamentais.
O pontífice chega em um momento crítico no qual, como denuncia o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), um acordo recente da EU permite a devolução à Turquia dos refugiados e migrantes que cheguem às costas gregas.
Além das 820.000 pessoas que entraram na Europa através da Grécia em 2015, mais de 150.000 refugiados e migrantes chegaram na Grécia este ano, mais da metade chegou precisamente em Lesbos. A agência da ONU para os refugiados anunciou que mais de 22.000 menores não acompanhados estão presos na Grécia enfrentando um futuro incerto de possível violência e exploração.
O JRS recorda que “o Papa Francisco tem uma história de compromisso com o trabalho ecumênico e inter-religioso, e assim continuará ao acompanhar Bartolomeu I e Jerônimo II, líderes dos cristãos ortodoxos e da Igreja ortodoxa grega, respectivamente, na sua viagem. Assim o compromisso do JRS com os mais necessitados continua, independente da sua religião ou nacionalidade.
O comunicado termina indicando três pontos que JRS considera como o caminho que devem seguir os governos na Europa: Garantir o acesso efetivo à proteção de todos os refugiados, independente da sua nacionalidade; não prendê-los e dar atenção especial às necessidades das pessoas em situação de risco, como são as crianças não acompanhadas em trânsito; ter em conta, de forma individual, os casos de asilo.
Fonte: Zenit