A primeira palavra de Deus ao iniciar a criação foi: “Faça-se a luz” (Gn 1,3). Não poderia ser diferente porque “Deus é luz e nele não há treva alguma.” (1Jo 1,5). Por este motivo a luz passou a ser o sinal da presença de Deus em toda a criação.
A luz foi acesa pelo próprio Deus com o propósito de iluminar a Sua maior obra: o homem. Estar em Deus é estar na luz, pois as trevas representam o pecado. Neste sentido, quem deseja encontrar o sentido mais profundo de todas as realidades da vida necessita acender a luz da presença de Deus. “Porque em vós está a fonte da vida. E é na vossa luz que vemos a luz.” (Sl 35,10).
O caminho para acender a luz divina é o da oração. Ela é a tomada para que pela a fiação do Espírito Santo a luz do Pai e do Filho possa refletir em nossa vida. Sem este caminho, o homem permanece na escuridão espiritual.
Para rezar não é necessário muita coisa, basta estar pronto a abrir os lábios e o coração a Deus. Ele mesmo nos concede esta graça: “por isso a atrairei, conduzi-la-ei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração.” (Am 2,16). Quando rezamos, o fazemos não somente pela nossa vontade, mas o “Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.” (Rom 8,26).
A oração de uma pessoa revela quem ela é para Deus. Ao mesmo tempo, a oração dá o grau de temperatura espiritual. Deste modo, a força ou a fraqueza espiritual dependem diretamente do contato íntimo com Deus. Sem oração, somos iguais a uma flor que murcha por falta de quem cuide dela.
O importante é decidir-se a entrar no caminho da oração sem jamais afastar-se dela. Santa Tereza de Ávila aconselha: “…quem começou a ter oração não deve deixa-la, por mais pecados que cometa. Com ela, terá como se recuperar e, sem ela terá muito mais dificuldades.”
Este ensinamento entre outros você encontra no livro de orações do padre Alberto Gambarini: Acenda a Luz – Livro de Oração.