Para responder a esta dúvida, quero recordar as palavras do papa Francisco na sua primeira mensagem sobre a comunicação, por ocasião da festa de São Francisco de Sales (23/01/2014), padroeiro dos jornalistas. Aí o papa desafiou os católicos a serem “cidadãos digitais de modo construtivo”, utilizando a internet, chamada de “dom de Deus”, para testemunhar a beleza de amar a Deus, amando o próximo, e assim colaborar na construção de um mundo mais humano. Na mensagem do papa destacam-se 3 pontos:
1. A internet exprime a profecia de um mundo novo
O papa nos convida a perceber que o mundo esta ficando cada vez mais pequeno, e nós estamos sempre mais próximos uns dos outros. Os nossos amigos nas redes sociais, apesar do fato de viverem em São Paulo, Rio de Janeiro…ou outros países, estão sempre na distância de um click. Porém, apesar do mundo estar unido pelas redes sociais, continua divido. A internet será a profecia de um mundo novo, se for capaz de oferecer a possibilidade e encontro e solidariedade entre as pessoas.
2. A internet tem que se tornar uma rede de pessoas e não de fios
Se a internet nos torna dominados por ela, afastando-nos de um encontro pessoal, isso será algo negativo. Se a tecnologia nos tira da convivência e dialogo significa que não esta sendo bem utilizada. As novas tecnologias não podem impedir a beleza de estarmos juntos, de a gente se misturar, se encontrar, se abraçar, se apoiar. O papa Francisco alerta sobre o cuidado para a técnica não estar acima das pessoas. Para ele comunicar significa partilhar a boa nova de Jesus, de um modo capaz despertar verdadeiros laços de amizade. A bênção da internet esta diretamente ligada nesta capacidade de levar quem a usa a estabelecer pontes e não levantar muros com as pessoas.
3. A Igreja não deve ter medo das novas tecnologias
O motivo é claro: a Igreja, portanto os cristãos, são chamados a estar onde estão as pessoas do nosso tempo. E hoje, as pessoas vivem também no ambiente digital. Abrir as portas da Igreja, significa também abri-las no ambiente digital. E a Igreja deve proceder assim para poder também compreender melhor as expectativas, dúvidas e esperanças dos homens e mulher dos nossos dias.
Pe. Alberto Gambarini