Em reflexão dirigida aos peregrinos presentes no Santuário de Fátima, o Reitor do Santuário, Pe. Carlos Cabecinhas, tratou da “compaixão que Jesus” que significa “disposição para assumir os sofrimentos, preocupações e anseios daquelas pessoas que corriam ao seu encontro”.
Compaixão, Amor
“A compaixão é uma forma de dizer amor; é sentir como seu o sofrimento dos outros, mas com a intenção de fazer qualquer coisa por aquelas pessoas, com a intenção de aliviar o seu sofrimento, libertá-las daquilo que as oprime, dar-lhes a alegria de viver”, ensinou o Reitor de Fátima.
Entende-se, disse ele, que Jesus diante das “ovelhas sem pastor” é “sinal do quanto Deus Se ocupa de nós com amor”, o que revela “a Sua misericórdia e manifesta a Sua solidariedade para com todos os sofredores”.
Por outro lado, continua, esta atitude de Jesus é um “apelo à confiança”, uma vez que “Jesus Cristo nos faz experimentar a compaixão de Deus por nós”.
Manifestar a Confiança
“A confiança expressa-se no desejo de estar com Jesus, na vontade de O procurar com a mesma persistência com a qual as multidões procuravam Jesus”, disse, explicando ainda:
“A confiança manifesta-se na necessidade de ir ao encontro de Jesus, de estar com Ele, na oração, na escuta da Sua Palavra, que é Palavra de Vida e dá sentido às nossas vidas, na relação com os outros, que são sacramento da presença de Jesus no meio de nós”.
Cultivar, viver atitudes de Jesus
Pe. Carlos Cabecinhas afirmou que cada crente é convidado a “cultivar a mesma atitude de Jesus”, e isso significa “sermos sensíveis às dores e necessidades dos nossos irmãos, a exortação a cultivar gestos de bondade e acolhimento para com todos aqueles com quem vivemos ou trabalhamos, com quem nos cruzamos”.
Para ele, “Não podemos ficar no nosso canto, comodamente instalados, com a consciência em paz, indiferentes ao sofrimento dos outros”, porque, segundo ele:
“Ser cristão é ser capaz de sentir como seus os sofrimentos do irmão”.
Férias e afastamento de Jesus
Na atenção de Jesus pelos que O rodeavam, Ele percebe o cansaço dos discípulos e convida-os a descansar.
Assim fica podemos perceber que fica claro que “as férias não são um luxo, se corresponderem àquilo para que existem: precisamente para respeitar a nossa natureza humana, que exige tempos de recuperação, não apenas física, mas também intelectual e espiritual. As férias são um tempo para retemperar as forças”.
Mas, explica o sacerdote Reitor do Santuário que um período de pausa “não significa afastamento de Jesus Cristo nem esquecimento da nossa vida cristã: como os discípulos, é junto de Cristo que somos convidados a recuperar as forças”.
Fátima, compaixão de Deus
Concluindo seu pensamento, o Pe. Carlos Cabecinhas afirmou que as aparições de 1916 e 1917 “são expressão desta compaixão de Deus pela humanidade, por cada um de nós”:
“Deus envia o Seu mensageiro e depois Nossa Senhora, porque viu o sofrimento dos seus filhos, porque se encheu de compaixão e veio em nosso auxílio”, e desse modo “Fátima é manifestação dessa compaixão de Deus”. (JSG)
Fonte: Gaudium Press, com informações Santuário de Fátima.