Muita alegria e comunhão no encontro do Papa Francisco com o Movimento de Schoenstatt neste sábado, 25, na Sala Paulo VI, no Vaticano. A audiência com o Santo Padre foi por ocasião de uma peregrinação a Roma que comemora o centenário do movimento, celebrado no último dia 18.
O encontro foi uma possibilidade de diálogo com o Sucessor de Pedro, fazendo a ele algumas perguntas sobre desafios atuais na Igreja. A primeira indagação foi sobre matrimônio. O Papa disse que a família e o matrimônio nunca foram tão atacados como agora, citando como exemplo os casamentos desfeitos, o relativismo na concepção do sacramento e a falta de consciência de muitos noivos sobre a importância do matrimônio.
Como orientação, o Papa destacou a necessidade de preparação dos noivos. “Podemos fazer um bom discurso, declaração de princípios (…) é preciso dizer coisas muito claras, mas a pastoral de ajuda tem que ser corpo a corpo, acompanhar, fazer um caminho juntos”.
A segunda pergunta foi sobre a figura de Maria. Francisco enfatizou que Maria é fundamentalmente mãe e tem um papel muito importante para o crescimento na fé. Logo em seguida, um casal de jovens perguntou ao Papa o que fazer para convidar os jovens a uma vida mais plena com Cristo. A resposta, segundo Francisco, é o testemunho de vida, recordando o que disse Bento XVI: “A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração”.
“Um testemunho que também tenha dentro a capacidade de mover-nos, de fazer-nos sair, ir em missão, o que não é fazer proselitismo, mas ajudar, compartilhar (…) Não tenha medo, sair em missão, sair em caminho, somos caminhantes”.
Também perguntaram ao Papa qual é o seu segredo para manter a alegria e a esperança, apesar das dificuldades e das guerras, e como perseverar no serviço aos mais necessitados. Francisco brincou dizendo que não fazia a mínima ideia de qual era esse segredo, mas logo em seguida destacou a confiança em Deus. Ele resumiu o seu “segredo” como: ter uma sana consciência de que Deus faz as coisas, rezar, abandonar-se nas mãos de Deus, ter coragem, seguir adiante e sair às periferias.
Como ajudar na renovação da Igreja? Este foi outro questionamento apresentado ao Papa. “Fazer a renovação da Igreja” é a frase mais antiga que se ouve, disse o Papa, pois a Igreja tem que se renovar continuamente. O que Francisco pediu como ajuda foi a santidade, pois “não se tem nada sem uma vida de santidade”.
Ele explicou que renovar a Igreja não é fazer uma mudança “aqui e ali”. Isso também faz parte, disse ele citando como exemplo a reforma da Cúria Romana e do Banco do Vaticano, mas são renovações de fora. “Ninguém fala, por exemplo, da renovação de coração”, ressaltou. Ele também mencionou a necessidade de ter como centro de tudo Jesus Cristo e trabalhar pela cultura do encontro.
Ao final das perguntas, Francisco presidiu a oração de consagração a Nossa Senhora. Ele homenageou Maria com um arranjo de flores, colocado aos pés da imagem de Schoenstatt, e também foi presenteado com uma cruz, utilizada na mesma hora para conceder a benção apostólica a todos os presentes.
Fonte: CN Notícas