“Não há tóxico no mundo que mate tão eficientemente como as ganâncias que destroem a perfeição.” (Santa Teresa de Jesus)
Certo dia o Demônio deu a volta ao mundo para ver como é que as pessoas rezavam.
A sai viagem foi muito breve, pois havia muito pouca gente que rezava. E ficou muito satisfeito, porque as orações pareciam palavras cansativas que até faziam bocejar Deus.
Estava decidido a regressar para casa quando encontrou um camponês que, muito irritado, gesticulava. Parou para ver e escutar. Verificou que o homem estava discutindo violentamente com Deus. Repreendia-o sem papas na língua…
O Demônio já esfregava as mãos de contente . Mas nesse preciso momento passou por ali um homem muito religioso que disse ao camponês:
– Bom dia! Que modos são esses de falar com Deus? Não sabe que insultar Deus é um pecado muito grave?
O homem respondeu:
– Se eu discuto com Deus é porque acredito nele. Se grito é porque sei que ele me escuta.
O homem religioso, muito irritado, disse-lhe:
– Você está delirando.
Mas o Demônio, que sabia mais sobre oração que esse homem religioso, ficou muito alarmado por ter encontrado finalmente alguém que sabia rezar.
Esta história recorda a parábola do juiz iníquo que Jesus contou, segundo Lucas 18,1: para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo.
Como exemplo, Nosso Senhor apresenta uma mulher desesperada que, como lemos em Lucas 18,3, vinha com frequência à presença do juiz para dizer-lhe: “Faze-me justiça contra o meu adversário”.
A oração sincera nada mais é do que levar todos os dias a nossa vida diante de Deus. A oração é uma conversa de dois amigos, por isso nela existem também o desabafo, o agradecimento, o pedido…
O efeito da oração feita com o coração é a certeza de que Deus sempre ouve os seus filhos.
Mensagem retirada do livro Mensagens Encontro com Cristo do Padre Alberto Gambarini