O sofrimento esta presente na vida de todas as pessoas sem exceção. O desespero é uma opção. A primeira vista estas minhas palavras podem parecer fortes demais. Em certas circunstâncias dramáticas o desespero pode até entrar por momentos, mas se permanecer revela a necessidade de uma mudança de atitude diante da vida. Não somos as únicas pessoas a sofrer no mundo, e a fé em Deus é a poderosa alavanca para reagir.
Essa diferença tem que ser o divisor de águas entre o sofrimento e o desespero. A morte, doença ou outros dramas nos ferem, trazendo dor e lágrimas aos olhos. Na maioria das vezes ficamos paralisados em estado de choque, não sendo capazes de nenhuma reação. Insisto em ser realista, afirmando que isso em um primeiro momento é normal. Não é fácil enfrentar certas situações da vida.
As coisas acontecem de improviso. Não temos tempo para nos preparar para os dramas que nos afetam. Nestas horas somos tentados a afirmar: ninguém entende o que estou passando. Existe alguém, o seu nome é Jesus. Ele passou pela noite da tristeza mortal. Lutou com o medo. A sua dor foi tão forte ao ponto de fazê-lo suar sangue. Tal cena aconteceu no Jardim do Getsêmani. O modo de Jesus lidar com a dor, ajuda-nos a entender como foi solidário conosco.
Sendo Deus, passou pelo sofrimento para estar mais próximo de nós e dizer: “Sei o que esta passando, eu também sofri.”. O sofrimento nos torna mais próximos de Deus, ao ponto de sentirmos sua mão estendida tocando na nossa, se soubermos perceber sua presença.
São Paulo em Romanos 8,35.37 diz: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.” Passado o primeiro momento do impacto do sofrimento, é importante não ficar só, mas reagir com Jesus.
Padre Alberto Gambarini