Para estudar o fenômeno da xenofobia e dos populismos, especialistas e líderes ecumênicos de todo o mundo estão reunidos em Roma desde quarta-feira, 13, no primeiro Simpósio ecumênico que antecede a Conferência Mundial sobre Xenofobia e Populismo, que será realizada de 21 a 24 de maio de 2018.
Organizado pelo Pontifício Conselho para o Desenvolvimento Humano Integral e o Conselho Mundial de Igrejas, em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o simpósio que acontecerá até esta sexta-feira, 15, tem como objetivo explorar de que modo as Igrejas poderão ser protagonistas no enfrentamento destas questões presentes em sociedade.
Encontrar respostas construtivas modeladas pela espiritualidade e pelas tradições cristãs de respeito pelos direitos e pela dignidade humana, são propósitos buscados pelos especialistas durante os três dias do Simpósio. Segundo os responsáveis pelo evento, a preocupação em torno dos temas é o crescente medo e ódio com tudo que é percebido como diferente, que têm penetrados em todos os setores da sociedade: social, cultural, político e espiritual.
As Nações Unidas recentemente caracterizaram as reações da sociedade à crise migratória global e dos refugiados, como marcada por um “medo tóxico”, radicado na xenofobia e encorajado pela política populista. No contexto da complexa crise global dos migrantes e dos refugiados, as Igrejas consideram não poder ficar em silêncio ou indiferentes, mas conscientes do mandato missionário e moral de buscar modos realísticos e construtivos para enfrentar a xenofobia e o populismo.
O simpósio, portanto, está aprofundando a compreensão da xenofobia por parte das Igrejas e o correspondente aumento do populismo em relação à crise migratória e dos refugiados, buscando discernir meios para uma maior colaboração e ações comuns. O melhor uso dos instrumentos da mídia para transformar a realidade crescente e desumanizante de intolerância e ódio baseados no medo, é uma das iniciativas pensadas para a promoção da cultura de respeito, solidariedade e coesão social.
Fonte: Canção Nova.