O Rei Abdullah II da Jordânia anunciou, por meio de um edito real, sua decisão de financiar a restauração do Sepulcro de Jesus na Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém.
A Corte real informou o Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém da “makruma” (doação real de beneficência), por meio de uma carta enviada a Sua Beatitude Theophilos III em 10 de Abril. O Patriarca ortodoxo elogiou a generosidade do Rei Abdullah, recordando como ele sempre foi e continuará a ser o fiel guardião e depositário dos Lugares Santos cristãos e muçulmanos de Jerusalém.
Durante a Semana Santa, o Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém e da Custódia da Terra Santa havia divulgado a decisão de que o Sepulcro de Cristo, na Basílica da Ressurreição em Jerusalém, seria restaurado logo após as solenidades da Páscoa ortodoxa. Um estudo científico realizado precedentemente revelou que o local sofre de graves problemas de umidade ligados à “condensação da respiração dos visitantes”, mas também da oxidação provocada pela fumaça das velas.
Esta restauração será possível graças a um acordo entre as três principais confissões (greco-ortodoxos, latinos e armênios), que coexistem na basílica.
Dom William Shomali, Vigário Patriarcal latino de Jerusalém, acolheu favoravelmente a decisão do Rei Abdullah: “É uma excelente notícia, uma notícia altamente simbólica, uma vez que o Santo Sepulcro é o lugar mais sagrado para os cristãos de todos confissões. Esta decisão mostra toda a benevolência do rei para com os cristãos e sua contínua solicitude em preservar os patrimônios do cristianismo, nomeadamente seu papel de garante dos Lugares Santos, cristãos e muçulmanos de Jerusalém, desde os acordos de Wadi Araba”.
O último “makruma”, ou edito real, é mais uma prova do compromisso do Rei Abdullah para com os locais cristãos e muçulmanos da cidade três vezes santa. A Esplanada das Mesquitas, “al Haram al-Sharif”, onde o acesso é regido por um status quo que foi colocado sob a jurisdição jordaniana e administração do Waqf de Jerusalém, é igualmente emblemático do papel da Jordânia na proteção dos Lugares Santos.
Em relação à Basílica do Santo Sepulcro, a parte que será restaurada é o local do sepultamento e da ressurreição de Cristo. O local permaneceu intocado desde 1947, data em que os britânicos cercaram de vigas de aços para iniciar uma restauração, que abou nunca se realizando. Esta retomada histórica dos trabalhos será confiada a uma equipe grega liderada pela Professora Antonia Moropoulou da Universidade Técnica Nacional de Atenas.
Fonte: Rádio Vaticano