Com simpatia e externando alegria, o arcebispo de Manila e presidente da Cáritas Internacional, cardeal Luis Antonio Tagle, visitou a sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na última quarta-feira, 13. Acompanhado do arcebispo de Brasília e presidente da Conferência, cardeal Sergio da Rocha, que o recepcionou nestes dias na capital federal, Tagle falou sobre as riquezas do Brasil, a acolhida aos migrantes e da campanha mundial da Cáritas “Compartilhe a viagem”.
Mesmo em uma visita curta, como ele disse sobre os dias no Rio de Janeiro (RJ) e em Brasília, o cardeal pôde perceber as muitas coisas que unem as culturas brasileira e filipina: “Por exemplo, a alegria do povo, o amor pela música, as festas, os violões, o sorriso, a emoção. Eu descobri também que na riqueza do Brasil, existe um grande coração para acolher as pessoas, especialmente migrantes e refugiados”.
“Há um testemunho que revela o sentido de comunidade no meio daqueles que recebem os estrangeiros e essa é uma boa experiência que se encontra aqui no Brasil. E eu estou muito contente de ver e sentir esse testemunho”, avaliou.
Seminário da Cáritas
Entre os dias 12 e 14 de junho, a Cáritas Brasileira realizou o Seminário Internacional sobre Migrações e Refúgio, com o tema: “Caminhos para a cultura do encontro”. O evento sediado em Brasília (DF) teve a presença de migrantes e refugiados que vivem no Brasil, representando cerca 50 países, agentes Cáritas, Igrejas Cristãs, denominações religiosas, agentes de pastoral, agências de cooperação e governos.
A proposta do Seminário foi escutar os migrantes e refugiados, refletir sobre o fenômeno dos fluxos migratórios. Também se propôs a mobilizar as forças existentes na direção do que o papa Francisco sugere como ações necessárias na garantia dos direitos e da dignidade das pessoas em situação de migração e refúgio: acolher, proteger, promover e integrar.
O presidente da Cáritas Internacional apontou como escopo deste evento a campanha internacional da Cáritas apoiada pelo papa Francisco, “Compartilhe a viagem”: “É expressão da cultura do encontro pessoal com o migrante e com o estrangeiro”. Tagle também pontou a necessidade de um olhar mais evangélico para com migrantes e refugiados.
“É muito importante notar que as notícias apresentam os migrantes e estrangeiros como estatística, como número, mas eles são seres humanos. E na Igreja, na comunidade, no sentido da comunhão, urge fomentar essa cultura e essa espiritualidade do encontro pessoal que leva a ver no outro não um estrangeiro, mas um irmão, um próximo. E neste processo convidamos a todos para uma viagem comum, como irmãos, como próximos, como uma comunidade”.
O Setor Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB foi um dos parceiros na realização do Seminário internacional da Cáritas.
Fonte: CNBB.