O Papa Francisco recebeu na manhã desta quarta-feira (06/07), na Sala Paulo VI, 200 peregrinos da diocese de Lyon, na França.
Acompanhados por seu Arcebispo, Card. Philippe Barbarin, os peregrinos representam pessoas que vivem em condições de precariedade. De fato, são franceses desempregados, que vivem nas ruas ou doentes.
“Qualquer que seja a condição de vocês, a sua história ou o peso que carregam”, disse o Papa, “é Jesus que nos une. Sejam bem-vindos, sua presença é importante para mim.”
Jesus, prosseguiu, viveu a mesma condição desses peregrinos: foi desprezado pelos homens, esquecido, alguém que não contava nada. “Quando sentirem tudo isso, não se esqueçam que Jesus viveu a mesma experiência. Esta é a prova de que vocês são preciosos e estão no coração da Igreja. Jesus sempre deu prioridade a pessoas como vocês.”
Francisco agradeceu aos acompanhantes da peregrinação, fiéis à intuição do Padre José Wresinski, que partia da experiência vivida e não de teorias abstratas. “As teorias abstratas nos levam às ideologias e as ideologias nos levam a negar que Deus se fez Carne, um de nós! Porque a vida compartilhada com os pobres nos transforma e nos converte. Pensem bem nisto, eh! E o Ano da Misericórdia é a ocasião para redescobrir e viver esta dimensão de solidariedade, de fraternidade, de ajuda e de apoio recíproco.”
Aos peregrinos, o Pontífice fez um pedido, para que preservem a coragem em meio às angústias, e a alegria da esperança. “Nós acreditamos num Deus que repara todas as injustiças, que consola todas as penas e sabe recompensar os que mantêm a confiança Nele. À espera deste dia de paz e de luz, a contribuição de vocês é essencial para a Igreja e para o mundo.”
Mas Francisco foi além e fez um pedido mais radical: “Eu lhes confio a missão de rezar pelos culpados de sua pobreza, para que se convertam! Rezar por tantos ricos que vestem púrpura e escarlate e fazem festa com grandes banquetes, sem perceber que à porta deles há tantos Lázaros desejosos de matar a fome com as sobras de suas refeições. Rezem também pelos sacerdotes, pelos levitas que – ao verem aquele homem meio morto – passam olhando para o outro lado, porque não têm compaixão. A todas essas pessoas, desejem o bem e peçam a Jesus que as convertam. E lhes garanto que, se fizerem isso, haverá grande alegria na Igreja, no coração de vocês e também na amada França”.
O encontro na Sala Paulo VI foi uma exceção neste mês de julho, em que há uma pausa nas atividades públicas do Papa. A audiência foi marcada por cantos, leituras e testemunhos, em que Francisco teve a oportunidade de ouvir as histórias de alguns dos peregrinos franceses.
Fonte: Rádio Vaticano