O Papa Francisco dedicou seu quarto dia em terras mexicanas, ao Estado de Chiapas, onde celebrou uma missa e encontrou as famílias. Ao final do dia, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, fez uma avaliação das atividades do Papa Francisco na segunda-feira:
“O Papa passou na Catedral de San Cristóbal de las casas, que é a Catedral onde Samuel Ruiz foi bispo por 40 anos e onde está sepultado. O Papa, na Catedral, encontrou muito doentes, havia cerca de mil pessoas ali. Depois, naturalmente, passou diante do túmulo de Samuel Ruiz, onde deteve-se em oração, e depois continuou o seu itinerário de consolação e de encontro com as pessoas que estavam presentes na Catedral. Uma coisa extremamente simples e extremamente natural e espontânea, recordando esta pessoa que teve uma importância muito grande para a sua diocese, onde imprimiu também diversos aspectos da pastoral da diocese que, com diversos retoques e melhorias, estão até agora em funcionamento. Por exemplo, era muito significativa a presença dos diáconos casados, indígenas, que têm uma grande importância na pastoral da diocese, porque são realmente os protagonistas, também guiados e também formados pelos sacerdotes, mas são pessoas que animam a vida da comunidade, que celebram a liturgia da palavra, que distribuem a comunhão…”
RV: O que o senhor poderia nos dizer sobre o encontro provado que teve com um grupos de indígenas?
“Foi um encontro normal de um almoço. Isto acontece de tempos em tempos, como por ocasião das Jornadas da juventude, em ocasião das visitas em zonas onde existem pobres ou refugiados… Tratava-se de oito indígenas que representavam os diversos componentes da comunidade, assim, havia um sacerdote indígena, muito simples, uma pessoa fascinante na sua simplicidade de vida e de expressão, vestido como um indígena: não possuía nenhuma distinção clerical particular; depois havia um representante dos diáconos, com a mulher; depois havia uma religiosa, havia um representante dos jovens, havia um catequista…. todos porém das comunidades indígenas locais. E o Papa se entreteve com eles, com uma conversação muito simples”.
RV: E como está a preparação para a missa em Ciudad Juárez? Existem novidades em relação aos parentes dos desaparecidos?
“Na missa de Ciudad Juárez estarão muitas pessoas que estão ligadas de diversas formas aos vários problemas da violência no México. Sabemos que foram 27 mil as pessoas desaparecidas, nos anos recentes: portanto, eu não tenho informações de que o Papa fará para algum grupo algo em particular. Pretende mostrar a todos a sua proximidade, a sua presença: o Papa reza por todos e é próximo à todos”.
Fonte: Rádio Vaticano