O Papa Francisco recebeu em audiência, ao fim da manhã deste Sábado, na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de oito mil pessoas, entre dirigentes, membros e funcionários da RAI, Rádio e Televisão Italiana. O encontro realizou-se por ocasião do 90º aniversário do início das transmissões radiofónicas e do 60º do início das transmissões televisivas.
Antes da audiência papal, os presentes participaram, na Sala de Audiências Paulo VI, de uma celebração Eucarística, presidida pelo cardeal Angelo Comastri, Vigário do Papa para o Estado da Cidade do Vaticano.
No seu discurso o Santo Padre cumprimentou os numerosos membros da RAI, mas também outros representantes de redes televisivas públicas e de Associações de outros Países. E destacando os dois aniversários, o Papa reflectiu sobre as relações entre a Santa Sé e a RAI ao longo destes decénios:
“A palavra-chave que gostaria logo de colocar em evidência é a colaboração, tanto em relação à rádio como à televisão. O povo italiano sempre pôde ter acesso à palavra e, sucessivamente, às imagens do Papa e dos eventos eclesiais na Itália, através do serviço da RAI. Esta colaboração se realiza mediante duas entidades vaticanas: a Rádio Vaticano e o Centro Televisivo Vaticano”.
Desta forma, a RAI ofereceu e ainda oferece aos ouvintes e telespectadores a possibilidade de seguir os eventos ordinários e extraordinários da Santa Sé, como o Concílio Vaticano II, o Jubileu do ano 2000, as diversas celebrações e as Visitas pastorais na Itália e no mundo. O Papa não deixou de recordar ainda as diversas transmissões e os filmes de cunho religioso e moral.
A RAI, com suas inúmeras iniciativas, também é testemunha dos processos de mudança e de transformação na sociedade italiana, e contribui, de modo especial, para o processo de unificação linguística e cultural da Itália. E o Bispo de Roma acrescentou:
“Agradeçamos ao Senhor por tudo isso e continuemos a levar adiante este processo de mútua colaboração. Mas, a recordação de um passado, rico de conquistas, deve ser um convite ao senso de responsabilidade de todos, presentes e ausentes. O serviço público da RAI, além de ser informativo, é também formativo para o bem comum”.
Portanto, afirmou o Papa, a RAI é uma entidade que produz cultura e educação, formação e espectáculo. Trata-se de uma responsabilidade imprescindível. A qualidade da ética da comunicação é fruto, em última análise, de consciências atentas, não superficiais, no devido respeito às pessoas.
Neste sentido, o Papa Francisco recordou que, “cada um, na sua própria função e responsabilidade, é chamado a vigiar, para manter alto o nível ético da comunicação.
O Santo Padre concluiu o seu discurso aos numerosos membros da RAI, Rádio e Televisão Italiana, fazendo votos de que possam prosseguir o seu precioso serviço ao bem comum, depositando confiança e esperança no seu trabalho de transmissão da palavra e das imagens, ao serviço do crescimento humano, cultural e civil da sociedade.
Fonte: Rádio Vaticano