Estimados Diocesanos! Como discípulos e missionários do senhor Jesus, não podemos deixar de proteger e cuidar da vida, porque ela é dom de Deus, e o Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância.” (Jo 10,10).
Na sua missão de anunciar o Reino de Deus, a Igreja não pode deixar de apresentar Jesus às pessoas, para que elas tenham a possibilidade de acolhê-lo na vida, e possam perceber que são amadas pelo Pai, porque fazem parte do seu projeto de amor. Acolher Jesus na minha vida, significa também assumir um compromisso em cuidar das condições de vida de muitos irmãos e irmãs abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e dor. Tais situações contradizem o projeto de Deus e desafiam os discípulos do Senhor a um maior compromisso a favor da cultura da vida.
Nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019, uma das urgências da ação evangelizadora é contemplar no plano pastoral uma “Igreja a serviço da vida plena para todos”. Isto porque o próprio Jesus nos ensinou que o serviço à vida começa pelo respeito à dignidade da pessoa humana, independente da sua condição social.
A família, patrimônio da humanidade, lugar e escola de comunhão, primeiro espaço para a iniciação à vida cristã das crianças, no seio do qual os pais são os primeiros catequistas, merece sempre uma atenção especial, por ser também um lugar privilegiado que acolhe a vida. A estrutura familiar é o primeiro espaço que deveria defender e promover a dignidade da vida humana em todas as etapas da existência, desde a fecundação até a morte natural. Na família, ninguém devia sofrer preconceito nem discriminação, mas todos devem ter o direito de serem acolhidos, amados, e perdoados, independente das condições materiais e do contexto histórico social em que a pessoa vive. Na família, é importante o zelo pelo bem comum, mas sem esquecer de cuidar do nosso bem mais importante, a vida.
Dom José Gislon
Bispo Diocesano de Erexim (RS)