As mais célebres composições de Ennio Morricone foram oferecidas aos participantes de um concerto realizado na Sala Paulo VI, no Vaticano, no final da tarde de sábado (12/11). Como convidados especiais, centenas de pessoas excluídas socialmente, incluindo imigrantes e sem-teto.
Esta segunda edição do “Concerto para a Caridade”, organizado pela ONG “Nova Opera”, pela Diocese de Roma e pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, entre outros, marca as últimas celebrações do Jubileu Extraordinário, que se concluirá em 20 de novembro.
Pela primeira vez na Sala Paulo VI, centenas de pessoas que diariamente necessitam da ajuda de organismos assistenciais, como a Esmolaria Pontifícia. Os outros convidados eram incentivados a fazer doações em prol da construção de uma nova Igreja em Moroto, Uganda, e uma Escola Agrícola, em Burkina Faso.
O ganhador dos Prêmios Oscar – um pela carreira em 2007 e outro pela trilha sonora do “The hateful eight” – além de outras condecorações, regeu a Orquestra “Roma Sinfoniette” e o Coro da Academia Nacional de Santa Cecília e da Diocese de Roma.
As primeiras filas da Sala Paulo VI foram reservadas aos mais necessitados, que puderam desfrutar do concerto de Morricone, de 88 anos, que intercalou o palco com Monsenhor Marco Frisina, Diretor do Coro da Diocese de Roma, e que dirigiu a execução de algumas composições religiosas, também suas, incluindo o “Te Deum”.
O Concerto teve início com uma das composições de Frisina “Iubilate Deo”. A seguir, Morricone dirigiu a execução de “Deus, um de nós”.
O Maestro Frisina conduziu então a execução de alguns temas da trilha do filme italiano de 2002 “San Giovanni – L’apocalisse”, por ele composta.
Morricone retornou ao palco para reger a orquestra que interpretou “Deborah”, do filme “Era uma vez na América” (1984); “Addio Monti” e “Tra Cielo e terra”, esta última do filme “Padre Pio”.
Frisina intercalou um espetacular “Te Deum” com as vozes dos Coros, enquanto Morricone comoveu a plateia com três temas do conhecido filme “Mission”, sobre o apogeu e derrocada das Missões jesuíticas na América do Sul.
Ao final do concerto, os jovens do Coro da Diocese de Roma e os voluntários do Jubileu distribuíram uma refeição para os indigentes e um pequeno presente.
Morricone e os organizadores tiveram a oportunidade de saudar o Papa na Praça São Pedro após a Audiência Jubilar. Em entrevista à Rádio Vaticano, o Maestro destacou o desejo do Pontífice de que o Concerto fosse dedicado aos mais necessitados. “É muito importante que um público não seja o rico, mas um público sem dinheiro que possa assistir e escutar esta música, com este Coral, com esta Orquestra, é algo que gosto muito de fazer”, declarou.
Fonte: Rádio Vaticano