Na manhã desta sexta-feira (06/05), o Papa presidiu à missa na Capela Santa Marta. Sua homilia foi centrada na Leitura do Dia, extraída do Evangelho de João.
Antes da Paixão, Jesus adverte os discípulos que ficarão tristes, mas que esta tristeza se transformará num grito de alegria. E usa a imagem de uma mulher ao dar à luz: “É na dor porque chegou a sua hora; mas quando dá à luz o menino, esquece o sofrimento: espera na dor e exulta na alegria”.
“Isto é o que fazem a alegria e a esperança juntas em nossa vida quando estamos em tribulação, em meio a problemas, quando sofremos. Não é uma anestesia. A dor é dor, mas vivida com alegria e esperança abre as portas à alegria de um fruto novo. Esta imagem do Senhor nos deve ajudar nas dificuldades; dificuldades por vezes árduas, que nos levam até a duvidar de nossa fé… Mas com a alegria e a esperança vamos adiante, porque depois da tempestade chega um homem novo, como a mulher quando dá à luz. E Jesus diz que esta alegria e esperança são duradouras, não passam”.
Alegria e esperança caminham juntas
“Uma alegria sem esperança é simples divertimento, uma alegria passageira. Uma esperança sem alegria não é esperança, não vai além de um saudável otimismo; mas alegria e esperança vão juntas e as duas fazem esta explosão que a Igreja, em sua liturgia, quase grita, sem pudor: “Exulte a tua Igreja!, exulte de alegria. Sem formalidades, porque quando uma alegria é forte, não existe formalidade: é alegria”.
“O Senhor – afirma Francisco – nos diz que existirão problemas na vida e que esta alegria e esperança não são um ‘carnaval’, mas outra coisa:
“A alegria fortalece a esperança e a esperança floresce na alegria. E assim vamos adiante, mas todas as duas – com este comportamento que a Igreja quer dar a estas duas virtudes cristãs – indicam um ‘sair de nós mesmos’. A pessoa alegre não se fecha em si mesma; a esperança a leva lá, é precisamente uma âncora na praia do céu que nos faz sair de nós mesmos, com alegria e esperança”.
Alegria verdadeira
“A alegria humana – explica o Papa – pode ser extraída de qualquer coisa, inclusive das dificuldades. Jesus, ao contrário, quer nos dar uma alegria que ninguém pode nos tirar: “É duradoura, até nos momentos mais sombrios”. É o que acontece na Ascensão do Senhor: “Os discípulos, quando o Senhor vai embora e não o veem mais, ficam olhando para o céu com um pouco de tristeza, mas os anjos vêm a despertá-los”. E Lucas refere que “voltaram felizes, repletos de alegria”. “Aquela alegria de saber que a nossa humanidade entrou no céu, pela primeira vez!”, diz o Papa.
“A esperança de viver e de chegar ao Senhor se torna uma alegria que se apodera de toda a Igreja. Que o Senhor nos dê esta graça – conclui o Papa – de uma alegria grande, que seja a expressão da esperança, uma esperança forte, que se torne alegria em nossa vida. Que o Senhor custodie esta alegria e esta esperança, para que ninguém as tire de nós”.
Fonte: Rádio Vaticano