A Igreja no Brasil recordou no quarto domingo do mês de agosto, dia 24, a importância da vocação dos leigos, homens e mulheres batizados e chamados a testemunhar o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo pelo mundo afora.
O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, na Santa Missa celebrada neste domingo, salientou, em sua homilia, a missão dos leigos inseridos na Igreja.
Em entrevista para o jornal arquidiocesano O São Paulo, Dom Odilo disse que “cabe aos cristãos leigos, sobretudo, levar o fermento, o sal e a luz do Evangelho para as estruturas e organizações da sociedade”.
“Na exortação apostólica Evangelii Gaudium, o Papa Francisco exorta toda a Igreja a colocar-se em atitude missionária permanente e a não se contentar com uma ‘pastoral de manutenção’, voltada apenas sobre si mesma”, afirmou.
De acordo com o purpurado, o papel do leigo para a concretização dessa missionariedade é “contribuir para que o mundo seja sempre mais iluminado pela luz do Evangelho e tenha o jeito do Reino de Deus”.
Contudo, “isto requer dos leigos uma ‘conversão missionária’, ou seja, uma mudança de mentalidade, para compreender e aceitar que a Igreja, com tudo o que faz parte dela, não existe para si mesma, mas para a missão e para testemunhar a vida nova que ver do Evangelho; essa é a sua primeira e mais importante missão e sua própria razão de ser e existir”.
Quando perguntado sobre a participação dos leigos na vida interna da Igreja, o Cardeal acredita ser necessário sempre, por parte deles, acolher novamente a Palavra de Deus, “celebrar e receber os sacramentos e contar com o apoio da vida comunitária”, sendo tudo isso um “dom e graça de Deus, para cultivar a Fé, crescer e amadurecer nela, em comunhão eclesial”.
Mas a participação dos leigos, prosseguiu, de forma autêntica e bem compreendida, “deve levar a uma atitude missionária mais dinâmica, generosa e perseverante”, pois “não se pode guardar apenas para si os dons recebidos” e “a vida cristã bem vivida leva a ser bons discípulos-missionários”.
“Na Igreja, é preciso manter a clareza sobre a vocação e missão própria dos leigos e um sadio equilíbrio. Os leigos têm uma missão insubstituível, própria deles, dentro da Igreja e no mundo: eles precisam ser formados para esta missão e estimulados a assumi-la com Fé e generosidade”, completou.
Fonte: Gaudium Press