Nesta manhã desta quarta-feira (20/02), o Papa Francisco recebeu na Basílica de São Pedro um grupo de 2.500 peregrinos provenientes da Diocese de Benevento. Os peregrinos estavam acompanhados pelo Bispo da diocese, Dom Felice Accrocca.
O motivo da peregrinação era agradecer ao Pontífice pela visita realizada a Pietreclina em 17 de março de 2018, nas comemorações dos 100 anos das aparições dos estigmas permanentes de São Pio e nos 50 anos de sua morte.
Nas suas palavras iniciais, Francisco agradeceu a calorosa acolhida recebida naquela ocasião, recordando sobretudo dos doentes que saudou.
“Gostaria de renovar os meus sinceros agradecimentos a todos vocês pela calorosa acolhida que me dispensaram naquela ocasião. Que a memória desse acontecimento, cheia de significado eclesial e espiritual, suscite em cada um de vocês o desejo de aprofundar a vida de fé, na esteira dos ensinamentos do ilustre e santo compatriota Padre Pio.
Ele distinguiu-se pela sua fé firme em Deus, pela sua firme esperança nas realidades celestes, pela sua generosa dedicação ao povo, pela sua fidelidade à Igreja, que sempre amou com todos os seus problemas e adversidades.”
Francisco recorda que o exemplo de São Pio deve ser imitado, pois não se cansou de difundir a caridade Divina, especialmente aos mais necessitados. “Permaneceu no meu coração aquela visita”.
“Encorajo vocês a compreenderem e a aceitarem sempre mais o amor de Deus, fonte e motivo da nossa verdadeira alegria. Somos chamados a dar este amor que muda a vida, especialmente aos mais fracos e necessitados. Cada um de nós, ao difundir a caridade divina, contribui para a construção de um mundo mais justo e solidário. A exemplo do Padre Pio, não se cansem de se entregar a Cristo e de anunciar a sua bondade e misericórdia através do testemunho de sua vida. Isto é o que homens e mulheres também em nosso tempo esperam dos discípulos do Senhor.”
Recordando algumas características de São Pio, ressalta o seu grande amor pela Igreja, independente dos pecados de seus filhos:
“Ele (São Pio) sempre amou a Igreja, com todos os seus problemas e suas adversidades e com os tantos pecadores, pois a Igreja é Santa, mas nós filhos da Igreja somos todos pecadores, e alguns grandes, mas ele amou a Igreja, não a destruiu com a língua, como é a moda agora. Não, não, amou. Aquele que ama a Igreja sabe perdoar, porque sabe que ele mesmo é pecador e precisa do perdão de Deus.”
O Papa recorda que aqueles que acusam constantemente a Igreja, são considerados parentes e amigos do grande acusador: o diabo. Ele reafirma que deve-se corrigir, denunciar, mas uma correção que não se esqueça do amor.
“Mas não se pode viver uma vida sempre acusando, acusando, acusando a Igreja. O oficio de acusador de quem é? Quem é aquele que a Bíblia chama de grande acusador? É o diabo! E aqueles que passam a vida acusando, não digo que são filhos, mas amigos, primos, parentes do diabo. Não! Isto não está certo. Deve-se assinalar os defeitos para corrigir, mas no momento que se assinalam os defeitos, se denuncia os defeitos, também se ama a Igreja.”
Por fim, o Santo Padre nos pede para pensarmos também em São Francisco, que dizia aos seus discípulos de andarem pelo mundo dando testemunho.
“Testemunho! Pensem em São Francisco, que o Bispo de vocês conhece bem. O que ele disse aos seus discípulos? Vão! Deem testemunho! Não são necessárias as palavras, mas comecem com o testemunho. Vivam como cristãos, dando testemunho de que o amor é mais belo que o ódio, que a amizade é mais bela que a inimizade, que a fraternidade entre todos nós é mais bela que a guerra.”
No final do encontro, o Santo Padre deu a todos a sua benção, pedindo que rezassem por ele, e depois caminhou pelo corredor central da Basílica cumprimentando os presentes. Em seguida foi para a Sala Paulo VI, para a tradicional audiência das quartas-feiras.
Fonte: Vatican News.