O Cardeal Francis Arinze, Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, visitou a Diocese de Phoenix, Arizona, Estados Unidos, e ministrou uma palestra para cerca de 300 pessoas reunidas na Paróquia de São Paulo, como parte das celebrações dos 50 anos da Encíclica Humanae Vitae. O purpurado ressaltou a importância da vida sacramental para fortalecer a união dos cônjuges.
“A Penitência é o sacramento da misericórdia de Deus. Assim recebemos o perdão de Deus e segurança da restauração da graça a uma pessoa que teve a infelicidade de cair em pecado mortal”, recordou o Cardeal Arinze, que indicou que este Sacramento junto com a Eucaristia são os mais mencionados na Encíclica Humanae Vitae do Beato Papa Paulo VI. Enquanto a Confissão oferece a graça necessária para fazer um progresso constante na vida espiritual, a Eucaristia alimenta os fiéis e os ajuda a crescer espiritualmente.
O recurso assíduo aos sacramentos é uma das chaves para a transmissão da Fé às novas gerações nas famílias. “O exemplo é mais poderoso que as palavras”, indicou o purpurado. “Se os filhos veem que os pais levam a sério a participação na Missa, e também veem que os pais se confessam e observam que seus pais recebem a Sagrada Comunhão, as crianças aprendem, ainda mais do que na aula de catecismo”.
O Cardeal Arinze recordou que o Matrimônio é um sacramento que leva à santidade, na qual os cônjuges “se aperfeiçoam uns aos outros, chegam a ser um meio de graça um ao outro”, de uma maneira insubstituível. “Você não pode inventar nada melhor que o matrimônio e a família, nem pode se inventar de novo. Qualquer esforço humano que se faça para mudar está fadado ao fracasso”.
O purpurado recordou que o respeito pela integridade da pessoa humana e a dimensão espiritual da união é a razão pela qual a Igreja recorda a imoralidade da contracepção. “Não é a lei da Igreja, é a lei de Deus”, explicou o prefeito emérito, “porque o uso de contraceptivos significa que o homem e a mulher desejam fazer sua ação, a qual se reserva ao homem e sua esposa, mas tomam outra ação para prevenir a conclusão de uma nova vida, e isto significa que eles desejam enganar a Deus, ser mais inventivos que Ele, fazer algo contra Ele”.
O Cardeal convidou os cônjuges a promover o respeito mútuo e a disciplina em sua vida conjugal, admitindo que existem alternativas naturais que preservam a dignidade da mulher e a união conjugal e que podem ser empregadas quando houver razões sérias. Embora este ensinamento possa resultar contraproducente na atualidade, “não existe nenhuma forma de Cristandade na qual não haja cruz- nenhuma, não existe”, insistiu, “porque Ele mesmo, Cristo, disse: ‘O que quiser vir após mim, que renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”. (EPC)
Fonte: Gaudium Press.