Escolher a melhor parte constitui o objetivo de todo mundo. Por isso, todos querem sempre o melhor: emprego, carro, roupa, comida, e, se o assunto é casamento, a melhor esposa ou melhor marido.
Entendendo-se aí por melhor, na maioria das vezes, os atributos relacionados com beleza, dinheiro, poder, influência, etc.
Todo mundo quer a melhor parte, mas sempre há o risco dela ser tirada, porque a melhor parte, em qualquer setor, nunca é o suficiente para todos. No evangelho encontramos uma passagem em que Jesus estava visitando os seus amigos Lázaro, Marta e Maria.
Marta estava toda entretida em preparar algo para o Senhor, e Maria estava aos seus pés ouvindo as suas palavras. Marta censurou a atitude de Maria, e, conforme Lucas 10,42, Jesus lhe disse: “Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada”.
E aí, como fica a promessa de Jesus feita a Maria de que a melhor parte não lhe seria tirada? Não estaria havendo uma garantia exagerada da parte de Jesus?
Para quem não tem fé, a escolha de Maria, aparentemente, tem pouca utilidade. Ela estava junto de Jesus escutando a Palavra, enquanto a sua irmã realizava os trabalhos caseiros. Aos olhos humanos, Marta estava certa e Maria não.
Jesus disse: Marta fez a melhor escolha.
Já o mundo faz com que corramos somente atrás de trabalho, diversão, estudo, etc, levando-nos a esquecer ou não ter tempo para estar com Deus.
Tudo nessa vida passa, somente Deus é eterno.
Não se trata de escolher entre isso ou aquilo. É necessário descobrir o lugar e o momento certo de tudo na vida, tendo sempre Deus no centro.
Quem anda na presença de Deus experimenta a sua força presente em tudo o que faz e, ao mesmo tempo, colhe bênçãos sobre bênçãos.
Padre Alberto Gambarini