Jesus continua provando na era das novas tecnologias ser a figura mais influente da história da humanidade. Mesmo após a aberta perseguição contra a Fé Cristã na China do século XX e as tentativas atuais de controle sobre a religião e a liberdade de expressão, o nome de Jesus e os termos que se referem ao Cristianismo superam amplamente o número de menções ao presidente Xi Jinping e o partido comunista na rede social Weibo, a versão chinesa do Twitter.
Uma análise dos resultados da pesquisa no Weibo permitiu ao informativo Foreign Policy comparar a importância das questões religiosas com a doutrina política comunista chinesa, claramente ateia. Os resultados disponíveis para a palavra “Deus” registram mais de 150 milhões de menções e “Jesus” supera os 18 milhões. A diferença é notável se comparada com Mao Zedong, o líder da revolução chinesa no século XX (cerca de 8 milhões de menções) ou o atual presidente Xi Jinping (com apenas quatro milhões). A Bíblia é mencionada mais de 17 milhões de vezes, enquanto que as “Citações do Presidente Mao” (o livro mais representativo do comunismo chinês) registrou cerca de 60 mil entradas. As comunidades cristãs estão muito mais presentes nas conversas que o partido comunista.
Este dado é especialmente significativo se se considera que a Internet na China não é ao resto do mundo. O governo chinês tenta controlar rigorosamente as informações disponíveis para o público e tem um alto número de funcionários dedicados a censura oficial. Muitos serviços populares do mundo, como Facebook e Twitter ou canal de vídeo Youtube são bloqueados pelas autoridades. Alguns dos termos problemáticos para as autoridades, como “Igreja subterrânea” (a comunidade clandestina de crentes) provocam mensagens de erro que explicam os resultados “não podem ser exibidas devido às leis e regulamentos relevantes”.
Segundo a Foreign Policy uma das possíveis causas para esse fenômeno pode ser o desinteresse atual da população na ideologia comunista, que contrasta com a crescente atração pela figura de Cristo. “O cristianismo cresceu rapidamente na China por mais de duas décadas”, explicou o informativo. “Embora as estimativas oficiais do governo coloquem o número de cristãos chineses em 25 milhões, muitos observadores externos concordam que o número real pode estar mais próximo aos 60 milhões”.
Os dados não são conclusivos, já que as restrições impediriam um verdadeiro estudo confiável da opinião pública chinesa, mas a quantidade de menções resulta um indício notável do impacto do cristianismo nas redes sociais do país. (GPE/EPC)
Fonte: Gaudium Press