A Unesco dedicou uma mesa redonda nesta sexta-feira (02/07) ao filósofo e sociólogo francês; Papa Francisco também participou
Papa Francisco se fez presente na mesa redonda que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) dedica, nesta sexta-feira (02/07), ao filósofo e sociólogo francês Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum.
Nascido em Paris, em uma família judia sefardim, foi protagonista e observador de um século de história que ele viveu em seus momentos decisivos.
Com esta e também com outras iniciativas no panorama cultural mundial, se prepara o aniversário, em 8 de julho, deste intelectual, escritor, cientista e estudioso complexo preocupado com o destino da humanidade, cujo sentido de responsabilidade e impulsos vitais sempre exaltou, sem esconder seus limites.
A mensagem do papa
Assinada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, a mensagem foi lida pelo observador permanente da Santa Sé junto ao organismo das Nações Unidas dedicado à cultura, dom Francesco Follo.
O filósofo francês, cujo entusiasmo o Papa bem lembra do encontro que teve, no Vaticano, em 27 de junho de 2019, destaca-se nas palavras de Francisco não apenas como uma “testemunha privilegiada de profundas e rápidas mudanças sociais”, mas também como um analista atento que, com discernimento, neste caminho dos tempos, suscitou “esperanças” e alertou para os possíveis riscos para a humanidade.
Em particular, o Pontífice destaca o papel de Morin ao convidar, por exemplo com o conceito de “ciência com consciência”, os progressos moral e intelectual a prosseguirem juntos no avanço da ciência e da tecnologia para evitar catástrofes.
Uma nota pessoal encerra a mensagem de felicitações e agradecimento do Papa, que se recordou do encontro que teve com Morin em 2019, no Vaticano.
“Uma memória feliz”, diz o texto. “tanto pelos evidentes e numerosos pontos de contato entre o pensamento do filósofo francês e o ensinamento social do Papa, quanto pelo entusiasmo e a generosa participação oferecida por Morin no “Pacto Educativo Global”.
O desafio crucial que o Papa lançou para o futuro, no ano passado, Morin de fato compartilhou e aprofundou especialmente nos últimos anos. Abordou, entre outras questões, o problema da reforma dos saberes escolares e as formas de transmissão desses saberes e desenvolvendo o que alguns definiram uma grande pedagogia para o novo cidadão planetário.
Por fim, o agradecimento do Papa pelos “esforços de uma vida a serviço de um mundo melhor” e a esperança de que o Senhor continue iluminando o caminho que ainda falta percorrer.
Fonte: Vatican News