Um fenômeno cada vez mais comum tem sido ver idosos, já imunizados, recusando-se a usar máscara
Um bom cristão pensa no bem comum, no qual enxerga uma finalidade maior, que o aproxima das palavras e dos valores de Jesus. Em um estágio tão avançado da pandemia quanto este em que nos encontramos, em que ultrapassamos 477 mil mortes causadas pela covid-19 no Brasil, a situação permanece grave. As coisas são como são e devemos reagir ao seu poder de letalidade com o vigor que essa ameaça exige. Como bem definiu o cientista Miguel Nicolelis: “O Brasil está jogando futebol em meio a uma guerra fora de controle. Ainda dá tempo, mas é para ontem”.
Máscara
Esses números devem ser levados com a flexibilização dos protocolos de segurança. O ato de rebeldia da moda agora tem sido o de idosos, já imunizados por estarem no grupo de risco, deixarem de usar máscara.
Contágio
Tanto a Coronavac quanto a vacina da Sinovac agem levando anticorpos para o organismo, de modo que ele possa reagir e combater o vírus por conta própria. Quando você está vacinado, seu sistema imunológico tem mais condições de se proteger da doença, mas o vírus ainda circula pelo seu organismo, o que permite que você o transmita a outras pessoas, daí a importância de continuar usando máscara para proteger o próximo. Outro equívoco que se comete é achar que já está imunizado porque já foi infectado, o que não condiz com a realidade, já que o vírus vem passando por mutações desde sua disseminação no país, tornando-se cada vez mais adaptado aos nossos anticorpos.
Empatia
Com isso, um fenômeno cada vez mais comum tem sido ver idosos, já imunizados, recusando-se a usar máscara em casa, quando em companhia de pessoas mais jovens e ainda não imunizadas que estão fora do seu núcleo familiar. É importante reconhecer que os idosos são os que mais sofrem nesta pandemia, uma vez que, como um dos principais grupos de risco, a tensão e as restrições referentes ao coronavírus tiveram de ser bem mais severas. Mas, ainda assim, precisamos refletir sobre o que significa um ato nosso em falso durante a pandemia. Um equívoco de qualquer um de nós pode ter como consequência a morte de uma ou de várias pessoas que cruzarem o seu caminho, independente da idade. E das pessoas que cruzarem o caminho delas, e assim por diante.
Chega de caprichos
Esse questionamento vale ser feito a qualquer um, independentemente da faixa etária: Vale colocar em risco a vida de um irmão, mesmo que desconhecido, por causa de um capricho meu? O que vai desde deixar de usar máscara quando é recomendado a aglomerar por alguns minutos ou deixar de higienizar as mãos sempre que necessário.
Esta pandemia só irá até onde nós, enquanto sociedade, deixarmos que ela vá. E ela já foi longe demais.
Fonte: Aleteia