Belém é um dos lugares da Terra Santa mais visitados por ocasião do Natal. E não é para menos, já que é uma terra abençoada, pois ali nasceu o Menino Jesus, o salvador do mundo.
Segundo informaram as autoridades de Belém, devido aos trabalhos de restauração que se adiantam na Basílica da Natividade, por esta época tem aumentado o número de visitas à gruta onde, segundo a tradição, se acredita que nasceu Nosso Senhor.
“Nunca recebemos este número de turistas que vem à Palestina. Especialmente em uma cidade como Belém, o turismo cria ondas em toda a economia”, assinalou Rula Ma’ayah, Ministra de Turismo da Palestina.
Espera-se que os trabalhos de restauração da Basílica, que foram iniciados em 2013, culminem em 2020. Para então as autoridades de Belém, preveem que além de se estimular o turismo e a economia, se freie a migração de cristãos que se gerou pelos diferentes conflitos ali presentes.
De acordo com Anton Salman, prefeito de Belém, “os cristãos se vão da Terra Santa devido a falta de paz e as penúrias econômicas, e temos problemas para convencê-los que fiquem. Esta é uma maneira de fazê-lo”.
Os cristãos representam somente 40% da população em Belém. Os católicos são 5 mil, os outros cristãos são greco ortodoxos, armênios, siríacos, ortodoxos, coptos e luteranos. Na terra onde nasceu Jesus, a maioria da população é muçulmana, mas em meio das mesquitas, prevalecem as igrejas e os campanários, sobretudo a Basílica da Natividade.
Apesar da população cristã não ser a maioria, para os que vivem em Belém, é um dom estar na terra onde nasceu o Salvador. Assim o assinalou Dima Msallam, uma habitante da cidade, em entrevista ao ‘Terra Santa News’: “Deus está em todo o mundo, mas diria que aqui há algo misterioso que nos leva a refletir, a rezar mais, a sermos nós mesmos. Jesus, que veio aqui, se fez homem, menino como nós, porque tratamos de ser como ele, de imitá-lo sempre. Por isso, viver nesta terra, ir rezar na Igreja da Natividade é um presente que ninguém pode comprar com dinheiro. É o maior presente que Jesus nos deu”.
A Basílica da Natividade é um dos principais tesouros do cristianismo. Foi construída sobre a Gruta onde, segundo a tradição, nasceu Cristo. Consiste em um templo de cinco naves, cujo ingresso é simples e humilde.
O testemunho mais antigo que se tem da Gruta do nascimento de Jesus, após os Evangelhos, é o de Justino, mártir, e data do século II. Ele assinalou: “No momento do nascimento do Menino em Belém, como não tinha aonde ir naquele povo, José parou diante de uma gruta próxima e enquanto estavam ali, Maria deu a luz a Cristo e o colocou em um presépio, onde os Magos que vinham da Arábia o encontraram”.
A primeira edificação que se realizou data do século IV com o imperador Constantino e sua mãe Santa Helena.
No século VI a Basílica foi substituída por outra de dimensões maiores, que é a que se pode visitar hoje. Conta com uma planta de cruz latina e cinco naves, e uma longitude de 54 metros. Seu interior se embeleza com quatro filas de colunas, que se realçam ainda mais com a restauração que tem revelado belos mosaicos.
Epicentro de toda a edificação é a Gruta da Natividade, situada sob o presbitério. É uma pequena capela, com um altar, e sob ele uma estrela de prata que marca o lugar onde nasceu Cristo, com a inscrição: ‘Hic de Virgine Maria Iesus Christus natus est’.
Fonte: Gaudium Press.